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A vinda de José Márcio Felício, o Geléia, ex-general do PCC, e seus comparsas para o estado, é o divisor de águas da atuação de facções nas penitenciárias paranaenses. Há cerca de sete anos, Geléia e outros bandidos passaram por algumas unidades do interior e de Curitiba, até serem instalados em Piraquara e organizarem uma rebelião que quase destruiu a Penitenciária Central do Estado (PCE). O saldo foi de um agente e três presos mortos.

Além de rebeliões, o PCC teria encomendado vários crimes. Um dos mais rumorosos foi a execução de nove pessoas em Colombo. Foi dizimada a família de um traficante. A ordem teria partido de dentro da Colônia Penal Agrícola, dos generais do PCC. Teve mais: seqüestro da esposa, filha e empregada de um piloto de helicóptero, para obrigá-lo a resgatar presos. Há cerca de 90 dias, simpatizantes do PCC executaram o filho de um agente penitenciário e um servidor da Justiça Federal.

Apesar da intensa atividade, o governo estadual informa que a situação está sob controle. O crime organizado, no entanto, mantém três facções dentro e fora do presídios estaduais: o PCC, o Primeiro Comando do Paraná (PCP) e o Comando da Fronteira (CF). Segundo agentes penitenciários, o mais recente é o Comando da Fronteira, criado há poucos meses. Ele já teria "batizado" cerca de 80 homens só no presídio do Ahú. Tudo isso é investigado em sigilo por serviços de inteligência policiais, do Departamento Penitenciário e pela Promotoria de Investigação Criminal.

O governo estadual não admite o poder das facções. A Gazeta do Povo mostrou a existência do PCP há cinco anos, quando foram encontradas cópias do seu estatuto no Ahú. O documento era manuscrito e destacava a coligação do PCP ao PCC. Hoje os agentes penitenciários dizem que eles são adversários e disputam espaços nos presídios.

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