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Campo Mourão – A geada da madrugada de anteontem em Mamborê, na Região Centro-Oeste do estado, onde os termômetros marcaram 0°C, deixou os produtores de trigo preocupados com a possibilidade de perder todo o plantio. O agricultor Valdemar Borco, que tem 12 alqueires de trigo em sua propriedade, não acreditou ao ver a lavoura, que está em fase de florescimento e enchimento de grão, coberta de gelo. "Uma avaliação mais criteriosa será feita em no máximo quatro dias, mas devido a intensidade da geada, acredito que perdi 100% da lavoura", lamenta. Segundo ele, as baixas temperaturas não eram esperadas para esse período do mês. "O trigo é cultura de inverno, mas não resiste à geada".

O agricultor que guarda um histórico de frustração na lavoura por conta da estiagem e da geada não sabe em qual cultura deverá investir nos próximos anos. "A geada de 28 de maio acabou com os cinco alqueires de milho safrinha. Toda a produção, por ter baixa qualidade, foi utilizada na silagem. Desse jeito fica difícil investir na agricultura", reclama Valdemar. Segundo ele, a estiagem de 50 dias, depois a chuva e a geada, interrompeu o ciclo de desenvolvimento do milho safrinha.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, de Campo Mourão, a avaliação das perdas por conta da geada deve ser feita na próxima semana. "Ainda é muito cedo para falar em prejuízo total das lavouras de trigo", comenta o engenheiro agrônomo do Deral, Edílson Souza Silva.

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