O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, minimizaram a possibilidade de que o adiamento da decisão sobre a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol possa trazer novos conflitos à região.

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"Nós não tivemos conflitos desde a decisão anterior do tribunal e não haverá depois que fixada uma orientação. O tribunal tem grande legitimidade, grande aceitação, e tudo será bem encaminhado. Vamos conversar com o relator e, dependendo de sua opinião, acredito que no início do semestre teremos a definição deste caso", disse o presidente do STF.

O ministro da Justiça garantiu que da parte do governo não haverá qualquer movimentação em direção ao conflito. "Da nossa parte não haverá acirramento. Paciência, diálogo e atenção são importantes para aguardar o julgamento. Nós não vamos cair em provocação".

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Tarso comemorou a posição exposta pela maioria dos ministros do Supremo favoráveis à demarcação contínua, como foi homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva "Acho que a decisão, que parece que já está confirmada do STF, não só mantém a tradição constitucional de proteção às comunidades indígenas, como também confirma aquela visão que estamos sustentando de que terra indígena é terra de propriedade da União".

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