O Sineaa (Sindicato Nacional das Empresas de Administração Aeroportuária) divulgou nota de esclarecimento nesta segunda-feira (8) responsabilizando a empresa aérea Gol pelos problemas com acessibilidade de cadeirantes a um voo em Foz do Iguaçu (PR).
A executiva Katya Hemelrijk da Silva, 38, optou por arrastar-se pelos 15 degraus de escada que dava acesso à aeronave no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR) por não haver instrumentos de acessibilidade que garantissem sua entrada segura no avião. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) notificou a Gol, empresa aérea, e a Infraero, responsável pelo aeroporto, para prestarem esclarecimentos.
Em carta à Folha de S.Paulo, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) contestou a reportagem dizendo que " a Resolução 280 da Anac, capítulo III, parágrafo 1º, o administrador do aeroporto é o responsável por disponibilizar e operar os equipamentos e dispositivos, como rampas, elevadores e cadeiras de rodas especiais que permitam o acesso dos passageiros à aeronave, o que não aconteceu no referido episódio".
O Sineaa esclareceu que a resolução 280 estipula um cronograma de transferência dessa responsabilidade das empresas aéreas para o operador aeroportuário e que, no caso de Foz do Iguaçu, a responsabilidade só será da Infraero a partir de janeiro de 2015. O sindicato critica as imposições que estão sendo feitas pelo órgão de regulação sem que sejam discutidos as receitas que vão garantir o fornecimento dos serviços.
"O Sineaa entende que essa é uma discussão ainda mais ampla, que deve ser feita sob a coordenação da SAC (Secretaria da Aviação Civil), visto que a ANAC tem criado uma série de novas exigências, principalmente nos campos de safety/security, sem que fique claro como será enfrentado o custeio dessas novas exigências", informa a nota.
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