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“Isso não mitiga os transtornos, mas a companhia atendeu todos os passageiros dentro das obrigações estabelecidas pela legislação", Constantino de Oliveira Junior, presidente da companhia aérea Gol | José Cruz / Agência Brasil
“Isso não mitiga os transtornos, mas a companhia atendeu todos os passageiros dentro das obrigações estabelecidas pela legislação", Constantino de Oliveira Junior, presidente da companhia aérea Gol| Foto: José Cruz / Agência Brasil

São Paulo - O presidente da companhia aérea Gol, Constantino de Oliveira Junior, disse ontem que os problemas operacionais que levaram ao cancelamento de mais de 300 voos no final de julho e início de agosto estão sob controle e não gerarão impacto financeiro para a empresa. "Os problemas foram pontuais e não tiveram uma relevância material diante do tamanho das operações da companhia’’, declarou Constantino Junior, em sua primeira manifestação desde o caos aéreo da semana passada.

O empresário reconheceu que houve "falha da companhia" e pediu desculpas "à sociedade e aos clientes". Mas reiterou que a empresa "jamais ultrapassou o limite estabelecido pela lei [em termos de jornada de tripulantes] e jamais pôs em risco a segurança de voo". O empresário garantiu que esse tipo de problema não voltará a ocorrer. "Vamos corrigir os problemas e voltar a colocar a Gol no topo do ranking de pontualidade." A companhia realiza, em média, 860 voos por dia.

O empresário informou que, no período de 31 de julho a 4 de agosto, foram registradas apenas 99 reclamações nos juizados especiais localizados nos aeroportos de São Paulo, Rio e Brasília. "Desse total, 47 foram acolhidas e foram feitos acordos entre a companhia e consumidores", disse. "Isso não mitiga os transtornos, mas a companhia atendeu todos os passageiros dentro das obrigações estabelecidas pela legislação, em termos de acomodação em hotéis", afirmou.

Sobre as denúncias do Sin­dicato Nacional dos Aero­nautas (SNA) de que a companhia estaria submetendo a tripulação a uma jornada acima do permitido pela legislação, Constantino Junior afirmou que "isso é muito sério". O presidente da empresa disse que a Gol tem prezado pelo cumprimento da lei, preocupando-se com a segurança. "Nunca houve negligência em relação às nossas obrigações. Obviamente, tem gente que não está satisfeita, mas as nossas escalas são estabelecidas dentro das regras internacionais e nacionais em termos de nível de segurança. Nós somos submetidos a ciclos de inspeções regularmente. A Gol cumpre a legislação. O novo sistema, quando implementado corretamente, vai desenhar escalas e melhorar a qualidade da escala", complementou.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acompanhando o caso. De acordo com a agência, até agora não foi confirmada qualquer irregularidade por parte da Gol em relação à regulamentação da categoria, regida pela Lei do Aeronauta. A Anac também informou que não há indicativo de greve em andamento.

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