O banco suíço financiava empresários e fazendeiros. Cobrava juros abaixo dos praticados pelo mercado e concedia longos prazos para a quitação do empréstimo. Parecia um ótimo negócio, mas era um golpe, apenas mais um na vida do economista Antonio Carlos da Costa Prado, hoje procurado pela polícia. Com vítimas no Brasil inteiro, desta vez houve quem perdesse até R$ 1,3 milhão. O First International Zurich Bank, do qual Prado se dizia representante no Brasil, não existia. Era uma ficção criada pelo acusado para envolver suas vítimas - suspeita-se que mais de 20 caíram na armadilha.
Homem de hábitos refinados, Prado é conhecido por se vestir com ternos italianos e ostentar todos os símbolos do executivo bem-sucedido: de relógios caros a escritórios luxuosos nos Jardins, na zona sul de São Paulo. Em sua longa ficha policial - ele foi absolvido da maioria das acusações - constam como vítimas o Banco Central, o Banco do Brasil e mais de uma dezena de empresários."Ele está foragido, mas nós vamos prendê-lo", disse o delegado Marcos Gomes de Moura, que apura o golpe no 78º Distrito Policial (Jardins). Em 1995, em uma das últimas vezes em que foi preso, o economista foi apanhado quando embarcava para Frankfurt, na Alemanha.
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