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Dois africanos foram presos em flagrante, ontem, acusados de tentar aplicar o golpe do dólar pintado em uma organização não-governamental (ONG), em Curitiba. Assane Seidou, 41 anos, da República de Benin, e Metogbe Armel Ayihou, 26 anos, natural da África do Sul, estavam em uma lanchonete no Centro da capital quando foram detidos por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. No local, segundo a polícia, eles trocaram os dólares pintados de preto, que supostamente valiam U$ 1,2 milhão, por R$ 11 mil com a ONG SOS Cultura.

Segundo o delegado Marcus Vinícius Michelotto, a ONG foi abordada em e-mails nos quais a dupla se passou por um milionário francês interessado em doar U$ 1,2 milhão para a entidade. Assane e Metogbe seriam os representantes do francês no Brasil. "Como os dólares estavam pintados de preto, o que seria normal porque o dinheiro tinha entrado ilegalmente no país, os dois alegaram ao representante da ONG que, para ocorrer a doação, precisavam de US$ 56 mil para comprar um líquido que retira a tinta da nota e até demonstraram esse processo em reuniões que fizeram com a organização, em São Paulo e Brasília", contou Michelotto.

A ONG aceitou o acordo e ofereceu R$ 11 mil como sinal para a compra do líquido, mas a exigência da dupla pelos US$ 56 mil causou desconfiança em membros da SOS Cultura, que informaram a polícia do possível golpe. Os policiais então armaram o flagrante na lanchonete.

Assane tinha visto para ficar 90 dias no Brasil e Metogbe não portava passaporte e já foi preso pela Polícia Federal em Goiás por distribuição de dinheiro falso. De acordo com o delegado Michelotto, os consulados dos países de origem de Assane e Metogbe já foram informados sobre o ocorrido. "A Polícia Federal também já foi comunicada e pode instaurar inquérito para efetuar a expulsão da dupla do país." Não é a primeira vez que esse golpe é aplicado no Brasil. Em 2005, dois homens, um da África do Sul e um da República de Camarões, foram presos sob acusação de estelionato, em São Paulo.

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