Um homem foi preso, nesta quinta-feira (3), em Curitiba, acusado de aplicar golpes que, somados, ultrapassam R$ 2 milhões, segundo a polícia. De acordo com as investigações, usando farta documentação falsa, Mauro César Ferreira de Jesus, de 39 anos, comprava carros de luxo e supermercados. Fornecedores e até a Caixa Econômica Federal estão entre as vítimas.
Ferreira de Jesus foi detido por equipes da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedc), enquanto saía da casa em que morava, no bairro Parolin, em Curitiba. Segundo a polícia, a residência um triplex avaliado em mais R$ 400 mil foi adquirido a partir de um financiamento junto à Caixa, em que o acusado usou documentos frios em seu próprio nome.
Na casa dele, os policiais encontraram documentos que abarrotaram três mesas da delegacia. Dentre o material, estão 19 cartões bancários e dez talões de cheques, além de documentos pessoais (como RGs e títulos de eleitor). A polícia também apreendeu um automóvel Mercedes Benz e uma caminhonete Pajero, que o acusado também teria comprado a partir de golpes aplicados em Curitiba e região metropolitana.
"Acreditamos que o que foi levantado é apenas a ponta do iceberg. Vamos investigar todos esses documentos apreendidos e, a partir de agora, devemos localizar mais vítimas", disse o delegado Cassiano Aufiero.
Supermercados
A polícia descobriu que Ferreira de Jesus constituiu pessoa jurídica, se valendo de nomes e documentos falsos. Com isso, o acusado comprou dois supermercados e estava em vias de adquirir o terceiro. De acordo com o delegado, o esquema envolvia compra de mercadorias, lesando fornecedores.
As investigações apontaram que o acusado adquiria produtos para abastecer os mercados no nome dos antigos proprietários. Antes de vencer o prazo para o pagamento, ele transferia a mercadoria para outro supermercado. "Desta forma, os fornecedores não conseguiam reaver os produtos e acabam lesados", explicou o delegado.
Ferreira de Jesus disse que é casado e pai de cinco filhos (três adotivos). Durante a apresentação, o acusado disse que começou a aplicar os golpes há um ano. "Eu estava precisando de dinheiro, então comecei", disse. Ele foi indiciado por uso de documentos falsos, falsidade ideológica, falsificação de documentos e por estelionato. Além disse, o acusado tinha dois mandados de prisão em aberto, por crimes cometidos em Laranjeiras do Sul.
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