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A prisão da quadrilha de fraudadores de cartões de crédito ocorreu um dia depois de Foz do Iguaçu requisitar ao governo do estado o apoio da Força de Segurança Nacional (FSN) para conter o avanço da criminalidade na região. O pedido foi criticado ontem pelo governador Roberto Requião, que esteve na cidade participando da abertura do Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos. "Foz do Iguaçu precisa de emprego, administração séria, gente trabalhando, Câmara de Vereadores trabalhando. Resmungo não leva a lugar algum", disse Requião.

Os vereadores de Foz do Iguaçu aprovaram o requerimento por unanimidade na última segunda-feira e encaminharam ao Estado, porque cabe aos governadores fazer o pedido ao Ministério da Justiça para solicitar à intervenção da FSN. O autor da proposta, vereador Geraldo Martins (PT), alega que a cidade está sem efetivo policial para combater a violência e que o governo do estado não está cumprindo seu papel. Para ele, operações policiais esporádicas, a exemplo da Operação Foz Segura, realizada em 2005 com a vinda de mil policiais à cidade, não resolvem o problema. A prefeitura também apóia a iniciativa e vai recorrer ao Ministério Público para pressionar os governos estadual e federal a contribuir com o município para garantir mais segurança à população.

Requião disse que para conter a criminalidade na cidade também está sendo construída uma penitenciária. "Esse pessoal todo que rouba Foz do Iguaçu e faz contrabando, não o sacoleiro, tem que ir para cadeia, afirma." Ele também disse que é preciso ver a origem dos pedidos para a vinda da segurança nacional. "Acho que uma boa parte dessa gente que pede e que reclama ainda pode ir para uma penitenciária pública."

Atualmente Foz do Iguaçu tem uma cadeia pública superlotada com cerca de 800 presos, uma Penitenciária de Segurança Máxima e uma Casa de Custódia em construção. Apesar do aparato de infra-estrutura carcerária, a cidade é alvo do tráfico de drogas, de quadrilhas, campeã de homicídios juvenis e do roubo de carros e atualmente conta com o mesmo efetivo policial que tinha há 10 anos, segundo a prefeitura.

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