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Mecanismo funcionará nos mesmos moldes do de Curitiba, que conta com painéis informativos | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Mecanismo funcionará nos mesmos moldes do de Curitiba, que conta com painéis informativos| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

Curitiba

Executado pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), o Sistema Integrado de Monitoramento Metropolitano (Simm) será semelhante ao Sistema Integrado de Mobilidade (Sim), projeto da prefeitura de Curitiba que está sendo colocado em prática e prevê prioridade para os ônibus nos semáforos, uso de câmeras de circuito fechado de televisão para monitoramento do transporte coletivo e do trânsito em tempo real, e painéis eletrônicos informando aos motoristas as condições das principais vias.

Começou na terça-feira o processo de concorrência para saber qual empresa vai executar um dos projetos de mobilidade mais importantes para a Copa do Mundo de 2014: o Sistema Integrado de Monitoramento Metropolitano (Simm). O Simm é um projeto da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), autarquia do governo estadual responsável por gerenciar o transporte dos municípios do entorno da capital, que consiste na criação de um centro de monitoramento por vídeo das vias públicas para melhorar a fluidez do tráfego durante o evento esportivo. O valor previsto na licitação, que receberá verbas do PAC da Mobilidade do governo federal, é de cerca de R$ 20,4 milhões.

De acordo com o diretor técnico da Comec, Sandro Setim, o sistema envolve vários mecanismos de tecnologia de transporte. Segundo ele, assim como já vem sendo feito por meio de um projeto municipal na capital paranaense, municípios da região metropolitana contarão com câmeras de monitoramento, controle em tempo real dos semáforos, painéis eletrônicos de informação para o motorista e equipamentos que controlam o itinerário do ônibus nas rodovias e nos terminais. "A Comec será responsável pela execução do projeto, mas não vai ser a operadora", explica Setim.

Os operadores do novo sistema serão os municípios de São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Araucária e Cu­­ritiba (as informações da RMC serão replicadas para a central de monitoramento existente na capital). Segundo Setim, um termo de cooperação com esses municípios vai possibilitar que as prefeituras atuem como gestores do sistema.

As propostas das empresas serão abertas no dia 27 de novembro. Segundo a Comec, o compromisso do estado é implantar o sistema até dezembro de 2013. No entanto, o mecanismo só poderá ser colocado em prática assim que todas as obras viárias forem concluídas.

Funcionalidade

Serão mais de 40 câmeras fixas e móveis, que poderão custar R$ 2,7 milhões. O valor unitário da câmera fixa, de acordo com a estimativa da Comec, é R$ 16,1 mil. O sistema de semafóros pode custar um total de R$ 7,6 milhões. De acordo com Setim, o Simm deixará o trânsito melhor. As câmeras transmitirão imagens do tráfego em tempo real para um centro de monitoramento da Comec, que poderá ajustar os semáforos conforme o número de carros nas pistas. "Tudo será transmitido via rádio e cabo de fibra óptica", explica. Os ônibus carregarão computadores de bordo, sistema que já é testado em Curitiba, para transmitir informações do quanto o coletivo demorará para chegar no destino. Nos terminais também haverá um receptor que orientará os usuários.

Análise

Para o especialista em transportes e coordenador adjunto do Curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ricardo Bertin, a administração do trânsito de Curitiba e região não pode se contentar mais apenas com os semáforos. Na avaliação de Bertin, o Simm vai ser fundamental para melhorar o trânsito. "Não vejo outra maneira para solucionar o trânsito da capital", afirma. De acordo com ele, é importante que todas as informações disponíveis com o novo sistema sejam colocadas nos painéis para orientar os motoristas a tomarem outros trajetos em caso de congestionamentos.

O professor titular do Departamento de Trânsito da UFPR Eduardo Ratton, lembra que é fundamental saber como os operadores do sistema serão treinados. "É preciso saber se esses municípios conseguirão gerir o sistema", ressalta.

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