O Ministério da Saúde vai oferecer um novo medicamento para pacientes com aids que não respondem mais aos tratamentos convencionais. Depois de três meses de negociação, o governo firmou um acordo com o laboratório Janssen Cilag para compra do antirretroviral etravirina, considerado de 3.ª geração para tratar a doença. Com a decisão, sobe para 20 a lista de medicamentos oferecidos pelo governo para aids. A compra, anunciada ontem, é no valor de R$ 4,2 milhões. Serão adquiridos 3.360 frascos, suficientes para atender 500 pacientes durante um ano. A primeira remessa do remédio, com 488 frascos, já começou a ser distribuída para os estados.
A última incorporação feita pelo ministério na lista de remédios distribuídos para pacientes com aids ocorreu em janeiro de 2009, com raltegravir. O etravirina atualmente é usado no Canadá e Inglaterra. A escolha do remédio do coquetel a ser indicado para cada paciente é norteada de acordo com a avaliação de uma série de fatores: o estado geral, a quantidade de células de defesa e contagem de vírus no organismo. Drogas de 3.ª geração são mais modernas, mas indicadas apenas para aqueles pacientes que já não são beneficiados pelos efeitos esperados dos remédios mais antigos.
A indicação clínica para a etravirina é feita a partir da história do tratamento do paciente e do teste que avalia a resistência aos antirretrovirais, feito nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). O procedimento deverá ser o mesmo que o exigido para receber outras drogas também indicadas para casos de resistência, o raltegravir ou a enfuvertida.
A solicitação tem de ser analisada por um comitê técnico estadual formado por infectologistas. "A medida tem o propósito de fortalecer o uso mais adequado de medicamentos indicados para pacientes com poucas opções terapêuticas", explicou o assessor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Ronaldo Hallal, em nota distribuída pelo ministério.
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