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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta sexta-feira que a pasta está tendo reuniões para tratar do aumento de casos de sífilis congênita ocorrido nos últimos anos. Na quinta-feira (18), reportagem do jornal O Globo mostrou que os registros em recém-nascidos mais que triplicaram, passando de 5 mil para 16 mil por ano entre 2008 e 2014. Além disso, antibiótico usado no tratamento contra a doença está em falta.

“Estamos cientes disso. Ontem à noite, tivemos uma reunião com secretário da Secretaria de Atenção à Saúde (Alberto Beltrame). E vamos fazer uma reunião na próxima segunda-feira para analisar esses dados e tomar as providências necessárias”, afirmou o ministro.

Um relatório interno assinado pelo diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, detalha a escalada dos casos de sífilis em gestantes e em recém-nascidos desde 2008, prevendo um recrudescimento do problema em 2016. No documento, Mesquita recomenda a “aquisição urgente” de penicilina cristalina. Usado para tratar bebês que foram infectados no útero materno, o medicamento está em falta no Brasil.

Considerada uma doença silenciosa por não apresentar sintomas graves em seus estágios iniciais, a sífilis pode levar a problemas cardíacos, meningite e até à loucura. Se contraída por mulheres grávidas, a bactéria Treponema pallidum, responsável pela sífilis, pode causar nos bebês malformações (como a microcefalia), cegueira e deficiência mental. Os casos mais graves levam à morte. Daí a importância de exames pré-natais para detectar a doença em sua fase primária, impedindo o contágio da mãe para o filho. O tempo de exposição à bactéria é determinante.

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