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O governo do estado informou nesta quarta-feira à Justiça Federal que não tem mais interesse no processo de encampação das praças de pedágio. A informação foi registrada em ata por dois advogados em audiência realizada na 3.ª Vara da Justiça Federal. Eles representam o estado e o governador Roberto Requião na ação popular movida pelo empresário Guilhobel Aurélio Camargo.

O processo tramita há cerca de três anos contra o governo estadual, a União, o governador e o ministro dos Transportes. O objetivo da ação é discutir se o estado tem ou não condições de fazer a encampação das praças de pedágio, que pode custar cerca de R$ 4,4 bilhões. Pelo processo, o governo tomaria posse das rodovias mediante indenização às empresas de pedágio.

Ao receber a notícia de que o estado não tem mais interesse na encampação, o empresário Camargo desistiu da ação. "Pedi para registrar na ata da audiência a posição do estado, por isso a ação perdeu o objeto e eu desisti do processo", informou Camargo. "Isso mostra que o governador ficou três anos enganando o povo, dizendo que encamparia o pedágio", afirmou.

A desistência do autor, no entanto, não significa ainda o fim do litígio. Como se trata de ação popular, o Ministério Público Federal (MPF) pode assumir o lugar de Camargo. O MP deve se manifestar sobre o assunto nos próximos dias, tão logo receba o processo.

Segundo o procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda, a posição do governo é antiga, já tem mais de dois anos. "O estado desistiu da encampação após descobrir que a contabilidade das concessionárias tinha sido maquiada, com valores incompatíveis com o patrimônio das empresas", disse. "Não é nova a informação passada ontem à Justiça Federal. Essa ação é uma bobagem, de alguém que se prestou a fazer isso para quem vocês sabem quem é", afirmou o procurador, dando a entender que Camargo estaria a serviço das concessionárias, emprestando apenas o nome na ação.

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