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Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (27), durante a Escola do Governo, o Procurador Geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, anunciou o cancelamento do contrato entre o estado e o Banco Itaú que ampliava o prazo de exclusividade das contas movimentadas pelo governo. O Itaú tem até 2010 o direito sobre as contas dos servidores públicos e do tesouro do Estado.

O contrato inicial, feito na época da privatização do Banestado, previa que o Banco Itaú tinha exclusividade durante cinco anos. Porém, segundo o procurador, um aditivo foi assinado na gestão passada que ampliou por mais cinco anos a vigência da parceria. Inicialmente, o prazo para o fim da exclusividade deveria se encerrar no próximo mês. "Deveria vencer e vencerá no dia 26 de outubro de 2005", enfatizou.

Para o procurador, a atitude da gestão passada foi precipitada ao assinar com três anos de antecedência um aditivo. Ressaltou ainda que a data de assinatura foi dia 26 de outubro de 2002, um dia antes do segundo turno das eleições onde, ainda segundo Botto, Requião era o favorito de acordo com as pesquisas de opinião.

Apesar da antecipação do rompimento da relação entre as duas entidades, o procurador não soube informar qual seria a próxima empresa que gerenciaria as contas dos servidores públicos. "Pode ser um banco público ou através de uma licitação" afirmou Botto.

Ainda na reunião, o governador aproveitou para anunciar uma medida que visa evitar problemas futuros entre os contratos do estado. De acordo com Requião, será encaminhada na próxima semana para a assembléia legislativa do Paraná uma emenda constitucional que prevê plebiscito em temas polêmicos. O governador usou como exemplo a situação em que foi feita a prorrogação do contrato com o Itaú. "Para que nunca mais um ato como esse seja feito um dia antes de uma eleição" justificou Requião.

A reportagem da Gazeta do Povo Online entrou em contato com a assessoria de imprensa do Banco Itaú. A empresa afirmou na tarde desta terça que não pretende se pronunciar sobre o assunto.

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