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O governador inspeciona cela modular instalada no Centro de Triagem 2: construídas em concreto, as novas unidades são à prova de escavações | Fotos: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O governador inspeciona cela modular instalada no Centro de Triagem 2: construídas em concreto, as novas unidades são à prova de escavações| Foto: Fotos: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O programa

Saiba mais sobre as celas modulares a serem construídas para desafogar as delegacias.

PIRAQUARA

Preço e prazo

As 61 celas no Centro de Triagem 2, em Piraquara, estarão prontas até o dia 22 de maio, ao custo de R$ 2,7 milhões.

Capacidade

Elas abrigarão 732 detentos de Curitiba e região metropolitana.

Atraso

O governo do estado anunciou em fevereiro que todas as 61 celas modulares estariam prontas em abril. Entretanto, as obras tiveram atraso de um mês por causa das chuvas no início do ano.

OUTRAS CIDADES

Licitação

O governo está concluindo edital para a construção de mais 200 celas modulares (60 da região metropolitana e 140 no interior). A licitação será em registro de preços. Ou seja, em vez de se licitar uma obra por vez, será fechado um pacote com a empreiteira para construção das 200 celas, que serão executadas conforme a necessidade.

Previsão

O prazo para execução das 200 celas é de um ano a partir do fechamento do contrato e o valor é de R$ 9,5 milhões.

  • Novas celas terão capacidade para abrigar 12 detentos. Além das 20 inauguradas ontem, mais 15 serão entregues na semana que vem

O governador Roberto Requião inaugurou ontem 20 celas modulares – feitas de concreto, o que impede escavações – no Centro de Triagem 2 (CT2), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, com a promessa de que semana que vem, com a entrega de mais 15 unidades, não só o problema da superlotação nas delegacias da região estará resolvido, como os policiais que hoje são obrigados a atuar como carcereiros voltarão a exercer sua real função, de investigar crimes.

Cada cela tem capacidade para 12 detentos, o que totalizaria até semana que vem 468 novas vagas – semana passada, outras quatro já haviam sido inauguradas. A previsão do governo estadual é de que até o dia 22 sejam concluídas as 61 celas previstas no CT2, totalizando 732 vagas. "A polícia não é feita de carcereiros. A polícia tem que estar nas ruas, investigando. É o que vai acontecer com a transferência dos presos para as celas modulares", garante o governador.

Para o delegado Gérson Machado, titular do 11º Distrito Policial (11º DP), na Cidade Industrial – de onde serão transferidos os primeiros presos para as celas modulares –, com a carceragem vazia a situação realmente vai melhorar. Mas apenas momentaneamente. "Vai haver essa transferência, que é bem-vinda, mas continuaremos prendendo mais gente. O ideal seria que pudéssemos liberar o detento imediatamente para o sistema penitenciário, com a carceragem ficando sempre vazia", argumenta. Interditado pela Justiça e pela Vigilância Sanitária, o 11º DP abriga 121 detentos em um espaço para 40. Após a última rebelião, em janeiro, a carceragem ficou completamente destruída. No dia 23 de abril, 27 presos fugiram do 11º DP.

Um investigador, que prefere não ter nome e nem a delegacia em que atua identificados, também afirma que com a carceragem vazia a polícia poderá mesmo trabalhar mais e melhor em um primeiro momento. Entretanto, argumenta, com mais policiais investigando os casos, mais gente vai ser presa, o que deve superlotar novamente as delegacias em breve. "É excelente poder ter mais policiais investigando, mas vamos ver até quando isso vai ocorrer", diz.

O próprio secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, admite que as celas modulares são uma solução alternativa para o problema dos presos nas delegacias. "O ideal seria que eles (os detentos) fossem para as penitenciárias", afirma.

Já Requião ressaltou a inauguração de 12 novas penitenciárias durante seu atual mandato. Mas admitiu: "Planejamos nosso sistema carcerário para 20 anos, mas no mesmo dia em que inauguramos uma penitenciária, ela já fica lotada".

Além do 11º DP, na primeira fase das transferências serão levados ao CT2 detentos da Delegacia de Furtos e Roubos (DRF), no Cristo Rei, em Curitiba, e da delegacia do bairro do Alto Maracanã, em Colombo, região metropolitana. Alegando motivos de segurança, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (Sesp) não divulgou as datas das transferências.

A DRF tem capacidade para 36 detentos, mas abriga 110. Já a do Alto Maracanã, que na última terça-feira sofreu a quarta tentativa de fuga em dois meses, abriga 56 detentos em um espaço para 8.

Reforma

Com relação à reforma dessas delegacias, técnicos da Secretaria Estadual de Obras Públicas estão levantando as necessidades de cada unidade para elaboração do projeto. Na sequência, os projetos serão orçados e encaminhados à Sesp.

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Interatividade

As celas modulares são a melhor solução para as carceragens superlotadas das delegacias de Curitiba e região metropolitana?

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