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O governo do Paraná já sabia que um atentado contra os agentes penitenciários do sistema semiaberto de Guarapuava poderia acontecer a qualquer momento. Pelo menos é o que aponta um documento elaborado pelo Departamento de Execução Penal (Depen). Na noite de domingo (15), o agente Marcelo Fernando Pinheiro foi morto enquanto trabalhava dentro do presídio.

Representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) alegam que o governo não tomou atitude porque não quis. Um documento, elaborado no dia 10 de março, apontava que, a qualquer instante, um atentado poderia acontecer contra agentes penitenciários.

Um preso foi ouvido pelo Depen no dia 10 de março e contou que seis agentes penitenciários estariam numa lista de funcionários ameaçados e jurados de morte por presos que estavam no semiaberto ou já teriam sido transferidos para outras unidades.

O detento citou o nome de 14 presos que teriam a responsabilidade de cumprir as ameaças dentro ou fora da unidade penal. Segundo o presidente do Sindarspen, Anthony Johnson o documento foi entregue pelo Depen ao governo do Paraná. “E nada foi feito para resolver a situação, tanto que acabou por cumprimento da promessa dos presos”, disse Antony Johnson.

Suspeitos

Eliton José de Almeida, 22 anos, Jefferson Santos Alves, 23, Osvaldo Maíra dos Santos, 25 - conhecido como “Quadrado” - , José Ezequiel Almeida dos Santos, 25 anos, e Jesibel dos Santos Castilho foram autuados em flagrante por homicídio qualificado e associação criminosa. Eles foram apontados pela polícia como os responsáveis pela execução do agente penitenciário.

A motivação do crime ainda está sendo investigada e, de acordo com a delegada Tany do Amarante Razera, que conduz as investigações, Jefferson foi um dos autores. “Ele teve a ajuda dos outros envolvidos, que o levou até o Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (Crag)”. Os suspeitos teriam entrado por uma tela lateral do presídio com a intenção de atentado e não de arrebatamento, mas as investigações ainda não foram concluídas.

As oitivas realizadas nesta segunda-feira (16), na delegacia, foram acompanhadas por uma representante da Vara de Execuções Penais (VEP). Troca de mensagens de celular encontradas com Jesibel também comprovam a participação dela no ato criminoso.

O Paraná Online solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) um posicionamento e aguarda retorno.

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