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O governo federal começará nesta semana o despejo dos invasores da reserva indígena Awá-Guajá, considerados pela ONG Survival International o povo "mais ameaçado do planeta", informou nesta segunda-feira a Fundação Nacional do Índio (Funai).

O despejo dos não índios, que ergueram cerca de 300 construções na reserva, localizada no norte do Maranhão, foi ordenado pela Justiça Federal do Maranhão, segundo um comunicado da Funai.

Na sexta-feira passada, o exército iniciou a instalação de sua base principal, na cidade de São João do Caru (MA), que dará apoio logístico à retirada dos invasores.

A partir desta semana, os funcionários de Justiça notificarão os não índios para que abandonem a reserva em um prazo de 40 dias, sem direito a indenização.

Depois desse prazo, as pessoas que vivem ilegalmente na região e que não tiverem saído voluntariamente serão expulsas à força, e as construções, cercas e qualquer outro tipo de bens que tiverem erguido no território, serão derrubados.

O governo fará o assentamento dos pequenos agricultores em outras regiões produtivas, dentro de seu plano de reforma agrária, segundo a nota.

A tribo Awá, que só ficou conhecida pelas autoridades no fim do século XX, é considerada "a mais ameaçada" do mundo pela ONG Survival.

A Funai tem informações sobre cerca de 400 indivíduos dessa tribo, distribuídos em quatro reservas, embora se saiba que há vários grupos vivendo isolados, sem contato com o homem branco.

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