Após a divulgação dos números do Mapa da Violência 2011, o governo federal irá retomar políticas de desarmamento da população, informou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Em 2003, foi instituído o Estatuto do Desarmamento, seguido pela promoção de campanha para a entrega voluntária de armas. A taxa de homicídios nacional caiu de 28,9 em 100 mil habitantes para 25,8, entre 2003 e 2005. Entre 2007 e 2008, no entanto, voltou a subir, passando de 25,2 para 26,4 homicídios em 100 mil habitantes.
"O Ministério da Justiça irá retomar com muito vigor as políticas de desarmamento, é de indispensável importância que nós tenhamos política nesse sentido como já tivemos, mas é necessário ir além", disse Cardozo, que prometeu voltar com as campanhas "em curto espaço de tempo".
"Se alguém tinha alguma dúvida de que a política de desarmamento tinha resultados, os números mostram isso de forma clara. Isso quebra os argumentos daqueles que acham que o armamento da população é uma boa política de segurança. É o contrário, é o desarmamento que leva à queda dos índices."
O presidente da ONG Movimento Viva Brasil, Bene Rodrigues, discorda. Ele diz que a retomada do desarmamento não é eficaz no combate aos homicídios e cita o Paraná como exemplo. "O Paraná foi fortíssimo nesta campanha com o governador Requião, investiu muito, e colheu uma quantidade absurda de armas e nem isso foi capaz de diminuir o crime. Quando você fala em campanha de desarmamento só consegue atingir quem anda na legalidade", diz.
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