Governo nega festa de aniversário para o PCC em penitenciária

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O governo do Paraná negou, nesta quarta-feira (17), a informação de que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teria realizado uma festa de aniversário, com bolo e salgadinhos, na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I). A negativa veio em nota enviada pela Secretaria do Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju).

A informação da suposta festa foi divulgada pelo candidato ao governo do estado Roberto Requião (PMDB,) em entrevista à RPCTV, na quarta-feira. Ele diz que recebeu a informação de agentes penitenciários. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) ratifica a denúncia do candidato.

A Seju diz que o evento aconteceu em 5 de setembro, mas em comemoração à semana do encarcerado, organizada pelo "Programa Esporte, Arte, Cultura, Lazer e Bem Estar", do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) Mario Faraco, que atende os presos do complexo penal de Piraquara.

A comemoração, segundo a secretaria, foi permitida devido ao bom comportamento dos presos. A Seju encaminhou cópia dos documentos que autorizaram a entrada dos alimentos na PEP I. Um primeiro documento solicita a liberação da entrada de 2 mil salgadinhos, um bolo de 10 quilos e de 30 garrafas de refrigerantes de dois litros. O segundo documento informa à Chefia de Segurança do presídio que dois bolos, 58 refrigerantes e 25 caixas de salgados foram encaminhados ao bloco A da unidade prisional. Ainda de acordo com o documento, os alimentos foram vistoriados e passaram por um aparelho de raio-x.

Sindarspen confirma festa

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, confirma a denúncia de Requião e afirma que a festa em 1º de outubro, para comemorar o aniversário da facção. O candidato havia divulgado que a festa ocorrera em 31 de agosto.

Johnson diz que a direção do PEP I teria autorizado a entrada dos salgadinhos em dois dias. No primeiro, os alimentos efetivamente entraram no presídio, segundo Johnson. Ele afirma que, após questionamento por parte dos agentes, a direção do presídio barrou o segundo dia da suposta festa.