O governo do Paraná, através da Coordenação da Região Metropolitana (Comec), garantiu que vai depositar R$ 7 milhões na conta das empresas de transporte coletivo nesta sexta-feira (06). O valor, se depositado, será usado no pagamento do salário de seis mil motoristas e cobradores que trabalham nas linhas integradas metropolitanas.
Durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9ª), nesta quinta-feira (05), o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) explicou que o salário dos nove mil funcionários da capital está garantido, já que os repasses da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) estão em dia.
"Com separação financeira das linhas urbanas e metropolitanas, os trabalhadores têm agora a porta certa para bater. Se o problema for nas empresas urbanas, podem bater na porta do prefeito. Se nas metropolitanas, o contratante é o governo do Estado", disse o diretor presidente da Urbs, Roberto Gregório.
O presidente da Urbs explicou na reunião no TRT que o dinheiro da compra antecipada da passagem foi usado para financiar a inadimplência do governo. A dívida da Comec é de R$ 13 milhões. E, segundo Gregório, a bilhetagem eletrônica das linhas é usada para quitar a dívida. Faltariam ainda 7,162 milhões -- quantia que deverá ser depositada nessa sexta.
Mesmo admitindo a dívida e afirmando que irá quitá-la, a Comec continua questionando o subsídio necessário para quitar o défict das linhas metropolitanas integradas. Para o órgão, o valor correto seria R$ 2,5 milhões por mês. Na reunião de hoje, a representante Jucélia Baron disse que o estado ainda estaria procurando um meio jurídico adequado para fazer este repasse.
Uma nova reunião foi marcada para esta sexta-feira (06), às 14h, no TRT. Antes do encerramento, o Ministério Público do Trabalho propôs uma multa diária de R$ 1 milhão para a Comec caso não o repasse não seja feito. A aplicação ou não da multa será discutida amanhã.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc) pode decretar uma nova greve caso os funcionários das empresas não recebam os salários.
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