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93,4% dos brasileiros não apoiam a atuação dos Black Blocs, grupo de mascarados que tem participado das principais ações de vandalismo nas últimas manifestações de rua no Rio de Janeiro e em São Paulo. É o que revela levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o MDA Pesquisa, divulgada ontem. Apenas 6% dos entrevistados se disseram favoráveis à atuação deles. A pesquisa apontou ainda que 81,7% dos entrevistados defendem o direito das manifestações públicas pelos cidadãos, e outros 17,3% não defendem. Foram entrevistadas 2.005 pessoas em 135 municípios das cinco regiões do país.

São Paulo

Acusado de agredir coronel da PM é solto 13 dias após prisão

A Justiça concedeu liberdade provisória ao estudante Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, preso por tentativa de homicídio do coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi. A decisão do juiz Alberto Anderson Filho, da 1.ª Vara do Júri de São Paulo, veio 13 dias após a prisão do universitário durante protesto em que Rossi foi espancado por manifestantes. De acordo com o juiz, não havia justificativa para que Santos permanecesse preso, uma vez que o Ministério Público (MP) não o denunciou por falta de provas e pediu novas diligências para esclarecimento do caso.

Após reunião com os secretários de Segurança Pública Fernando Grella (São Paulo) e José Maria Beltrame (Rio), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou ontem que o governo estuda a criação de um "pronto atendimento judicial" para penalizar as situações de violência e depredação nas manifestações.

"O pronto atendimento judicial ocorreria nas situações que se caracterizarem como abusivos ao longo das manifestações para que as pessoas tenham seus direitos atendidos ou o próprio Estado, ao ver situações de ilegalidade, possa atuar sem perder uma agilidade necessária", afirmou Cardozo.

Flavio Sirangelo, representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ficou responsável por apresentar uma proposta, no próximo dia 25, sobre como funcionaria o "pronto atendimento judicial" nos protestos – em princípio nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. "São situações itinerantes. O que queremos é justiça rápida, um pronto atendimento judicial, mas a maneira ainda será discutida", afirmou Cardozo. Também foi proposta a criação de "um fórum de diálogos sociais" para que cidadãos possam denunciar situações de violência.

Durante a reunião foi formado também um comitê executivo para dar operacionalidade a todas essas propostas. O comitê terá integrantes do Ministério da Justiça, do CNJ, do Conselho Nacional do Ministério Público, além das secretarias de Segurança do Rio e São Paulo.

Cardozo informou ainda que foi aberto um prazo para encaminhamento de propostas de mudanças legislativas para coibir a violência nas manifestações.

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