A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (17) que o governo está fazendo uma reavaliação "uma a uma" das estradas concedidas pelo país e afirmou que as empresas não podem querer uma "remuneração elevadíssima" para estradas fáceis de se administrar.

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Na semana passada, um dos dois leilões de rodovias não atraiu nenhum interessado.

Dilma deu as declarações em entrevista a duas emissoras de rádio do Rio Grande do Sul pela manhã. A presidente criticou as concessões de rodovias feitas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

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Ela disse que existe uma dificuldade de conciliar interesses das empresas, que pretendem obter o máximo de lucro, e dos usuários, que "exigem um pedágio muito baixo". "Quando for prático, concreto e efetivo unir as duas coisas, nós vamos unir. Quando não der para unir as duas coisas, nós vamos fazer obra pública." A presidente afirmou ainda que "é conto de fadas" fazer concessão sem pagar pedágio e citou vantagens do modelo, como rapidez nas obras e na manutenção.

Dilma também negou que esteja sendo feito um processo de "concessão fatiada", por trechos, das estradas e afirmou que o governo apenas está avaliando as características específicas dessas BRs.

"Essas rodovias todas concedidas no passado, antes de 2003, têm uma característica. Foram concedidas com concessão só para administrar a rodovia e fazer manutenção. Não estava previsto nenhum quilômetro de duplicação", disse.

Mensalão

Na entrevista, Dilma também foi questionada sobre o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal. Ela disse que o governo respeita decisões da Justiça e que não pode comentar o assunto para manter a "harmonia" entre os Poderes.

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Também falou que conversou com o presidente americano, Barack Obama, e que em breve serão divulgadas informações sobre sua decisão de viajar aos Estados Unidos em outubro.

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