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O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse ontem que não vai negociar a redução da jornada de trabalho dos peritos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em greve há dois meses. "A Associação [Nacional dos Médicos Peritos – ANMP] exige a redução da jornada, sem redução de salário. Isso não é possível", afirmou Gabas, no Rio, ao informar que a pasta atendeu a "99%" das reivindicações da categoria, incluindo a ampliação do tempo de atendimento. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o ministro, foi proposto que em seis das oito horas da jornada diária os médicos cumpram uma média de 18 perícias de cerca de 20 minutos de duração cada e, nas duas horas restantes, outras atividades especificadas pelo chefe da seção. A categoria, no entanto, pede redução para 12 perícias por dia e duas horas sem controle de ponto para atividades externas.

"Não concordamos com a mensuração do tempo. Para atender bem, é preciso ampliar para 30 minutos o tempo de uma perícia. Isso nas seis horas com controle de ponto e, nas demais, atividades como perícia domiciliar, hospitalar e vistorias técnicas", reivindicou o presidente da ANMP, Luiz Carlos Argolo.

Mesmo assim, o ministro da Previdência disse ontem que espera pelo fim da greve em até 15 dias. Ele está negociando "um mutirão" para pôr em dia as 400 mil perícias em atraso. "A exigência que fizemos para atender às exigências deles é que se coloque a agenda em dia".

Para chegar a um consenso, Gabas chamou a Federação Nacional dos Médicos, acreditando que a entidade tem mais representatividade que a ANMP. A categoria, por sua vez, não ficou satisfeita com a mudança. Acusou o governo de "intransigência" e agora cobra a retomada do diálogo. Os peritos se reúnem na próxima quinta-feira para decidir os rumos da greve.

Gabas disse ontem também que não há previsão de data para o concurso que deve preencher 2 mil vagas no Ministério da Previdência.

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