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Brasília – Em meio a críticas à corrupção no governo e aos problemas de segurança pública no país, o governo federal usou o desfile do Dia da Pátria, em Brasília, para mostrar o poder de fogo da Polícia Federal. No palanque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus 22 ministros aplaudiram entusiasticamente a passagem dos homens e veículos da PF. Ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, a PF levou para o desfile um grande aparato, com batalhões de policiais, cachorros treinados para o combate ao narcotráfico, motos, jipes ônibus e até lanchas especiais.

Nesse momento, Lula puxou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para perto de si no palanque das autoridades. O presidente chegou a brincar com o ministro, dizendo que Bastos podia "parar de pedir dinheiro porque a Polícia Federal estava muito bem equipada".

Fora do palanque, assessores do Ministério da Justiça confirmaram que a intenção era mostrar que o governo Lula está investindo na Polícia Federal. Para caracterizar um avanço, foi produzido um contraste com veículos antigos da corporação mostrados no desfile: um Opala e um antigo camburão guardados como relíquias.

"Sem sombra de dúvida esse reequipamento, essa quantidade de veículos, é muito importante", disse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao final do desfile. "Para nós é muito importante que a Polícia Federal seja reequipada. Até porque a Polícia Federal tem desempenhado um papel muito importante no combate à corrupção, ao crime organizado, ao tráfico de drogas e à apreensão de armas. É uma nova Polícia Federal que aparece nas ruas."

Jornalistas perguntaram a Dilma se o governo estava empenhado em mostrar que combate a corrupção e o crime organizado. "Não o precisamos provar isso", respondeu ela.

Preocupado com eventuais ações na Justiça Eleitoral, o governo manteve o desfile e as comemorações do Sete de Setembro em moldes idênticos aos do ano passado. O custo do evento, R$ 2 milhões, e a capacidade das arquibancadas, para 20 mil pessoas, foram os mesmos.

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