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Mais segurança aos visitantes e aos animais é o que promete a Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba com a instalação das grades de proteção ao longo dos 2.040 metros de extensão do bosque do Jardim Botânico. A obra faz parte do projeto de revitalização do parque, iniciado no começo de dezembro e que deve ser concluído até o fim de fevereiro. Além das telas, o espaço terá 91 novas placas de comunicação visual, um novo sistema de irrigação e a reforma completa da estufa de 500 m2, que hoje encontra-se danificada pela ferrugem e pela falta de manutenção.

Segundo o secretário do Meio Ambiente, Domingos Caporrino Neto, além da segurança, a medida visa a preservação do local. "Com as telas teremos mais controle do bosque", afirma. Até então, era possível entrar na mata por qualquer ponto. O número de trilhas no interior do bosque cresceu de quatro para 15 desde a inauguração há 15 anos. Com a falta de controle surgiram os problemas.

De acordo com o guarda municipal André Bresan, responsável pela segurança do parque, muitos visitantes deixam restos de comida e lixo, maltratam os bichos e até mesmo abandonam animais não nativos dentro do bosque. "Já achamos até coelhos", conta. Segundo ele, as telas vão auxiliar tanto na segurança dos freqüentadores como na recuperação da área. "A idéia é pôr fim no mau uso da mata que muitas vezes serviu de abrigo para usuários de drogas ou para pessoas que cometeram algum delito nas redondezas e vinham se esconder aqui", afirma.

Durante os meses de férias, o Jardim Botânico recebe o maior número de visitantes – de 20 a 30 ônibus de turismo por dia. Nos fins de semana, cerca de 3 mil pessoas passam pelo local. "Por ser perto da rodovia, o Jardim Botânico virou parada obrigatória. Mesmo com a reforma o movimento continua grande. O turista às vezes reclama, mas compreende" afirma.

A empresária Graça Couper veio de Manaus (AM) com a família e conta que ficou um pouco decepcionada quando encontrou o cartão-postal da cidade em obras. "É ruim porque a gente vem até aqui e não pode entrar na estufa", lamenta. Já alguns curitibanos têm uma opinião diferente. "Já estava na hora de uma reforma", afirma a pintora Elisabete Pinheiro da Cunha que mora perto do Jardim Botânico e tem o hábito de caminhar no parque junto com a irmã desde a inauguração.

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