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Sandero será fabricado na Renault de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba | Divulgação/Renault
Sandero será fabricado na Renault de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba| Foto: Divulgação/Renault

Patrícia Cabral da Silva, que foi baleada na barriga durante um assalto a um posto de combustível, no dia 14 de maio, em Curitiba, está sendo acusada pelo advogado de um dos suspeitos de ter planejado o crime. O advogado José Carlos Veiga entregou à polícia, no sábado (8), uma fita com a gravação de uma suposta conversa entre Patrícia e Luiz Carlos Cândido, suspeito que continua foragido. Na época do crime, a vítima estava grávida de 17 semanas. (Clique na imagem abaixo para escutar a gravação)

A fita, divulgada pela rádio Banda B, foi gravada por sugestão do advogado de Sidimar Tiago Oliveira, que se entregou à polícia na segunda-feira (3) e é suspeito de ter feito o disparo contra a barriga de Patrícia. Na conversa, uma mulher, supostamente a funcionária, revela que o interesse era conseguir uma indenização de aproximadamente R$ 150 mil da empresa. O dinheiro roubado do cofre, cerca de R$ 60 mil, seria dividido entre os três assaltantes.

Na gravação, Cândido diz que está com medo de voltar a Curitiba, pois acredita que será preso. A funcionária diz que ele pode ficar tranqüilo, pois ela não revelaria a participação dele no crime. O suspeito diz, ainda, que ninguém sabia que ela estava grávida e a mulher responde que, se tivesse contado, eles não teriam coragem de dar o tiro. Ela também diz que eles levaram apenas dois dos computadores e esqueceram justamente o que continha as imagens do circuito interno de segurança.

O advogado, em entrevista ao ParanáTV 2ª edição, afirmou que o assalto havia sido combinado e que seu cliente estava apenas executando o acordo.

Investigação

O delegado de Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti, afirmou que ainda não teria ouviu a gravação. A fita foi encaminhada para o Instituto de Criminalística e deve passar por uma perícia para a verificação da autenticidade. Segundo ele, depende do juiz que irá julgar o caso se aceita a fita como prova.

Patrícia, que conseguiu levar a gravidez até o final, apesar da bala alojada na barriga, não foi encontrada em casa pela reportagem da Gazeta do Povo Online.

O caso

Patrícia foi baleada durante um assalto na madrugada de 14 de maio no posto de combustível onde trabalhava. Três rapazes renderam Patrícia e um frentista, entraram no escritório do posto e roubaram dois computadores e um cofre. As imagens da câmera de circuito interno do posto mostram que, após levar todo o material para o carro, um deles retorna e atira na funcionária.

A funcionária estava grávida de 17 semanas. A bala entrou pelo lado direito do abdômen, atingiu a placenta e foi parar no intestino. Por pouco o bebê não foi atingido.

No dia 13 de junho, o caso teve a primeira reviravolta. A polícia encontrou o cofre roubado durante o assalto. Três pessoas presas dias depois do assalto foram inocentadas do crime. O cofre vazio foi achado num poço de água desativado num terreno no bairro Vila Fanny, em Curitiba. O morador, Marcio Leandro Resende, de 23 anos, e outras duas pessoas que freqüentavam a casa, Luis Carlos Candido, 31, e Sidimar Tiago Oliveira, 26 anos, são os suspeitos. Oliveira se entregou à polícia. Resende e Cândido continuam foragidos. A funcionária deu à luz no dia 20 de agosto. Angelina nasceu com 47 cm e 3,470 kg. A bala, que estava alojada no intestino de Patrícia, não foi retirada durante a cesariana.

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