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O que era para ser uma simples abordagem policial terminou em morte no sábado (22) à noite em Guarapuava, na região Central do estado. O motorista de um Tempra branco fugiu ao ver uma viatura policial porque não tinha Carteira Nacional de Habilitação. O carro foi perseguido. A PM disparou tiros contra o veículo depois que o motorista, em fuga, teria apontado uma arma para os policiais e ainda tentado atingi-los com o veículo. A passageira Regiane Barreto Machowiski, 18 anos, morreu com um tiro na nuca. Ela estava no sexto mês de gestação. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar de onde partiu o disparo.

O motorista do Tempra, Jonatan Barbosa Ribeiro, 20 anos, era casado com Regiane havia cinco anos. Ele foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas liberado para responder ao processo em liberdade. Ao delegado responsável pelo caso, Alisson Henrique de Souza, Ribeiro negou que tivesse apontado a arma para os policiais.

As armas dos policiais envolvidos na ocorrência e o revólver calibre 38 que estaria no Tempra foram apreendidos pela Polícia Civil. O delegado pediu análise do Instituto de Criminalística no veículo, para saber a trajetória dos tiros, e o exame de confronto balístico para identificar de qual arma partiu o disparo que matou Regiane.

Jonatan Ribeiro não foi localizado, mas o irmão de Regiane, Leandro Pires, diz que a família da vítima vai aguardar o depoimento de Ribeiro e os laudos da polícia para se pronunciar. Em princípio, Pires acredita que a irmã tenha sido morta pela polícia. O delegado trabalha com a hipótese de o tiro ter vindo da arma da PM ou do próprio marido de Regiane.

O tenente Juliano Borges, do 16º Batalhão de Polícia Militar de Guarapuava, disse nesta segunda-feira (24) que os policiais envolvidos na ocorrência serão encaminhados para o departamento psicológico do hospital da Polícia Militar, em Curitiba, e que o comando abriu inquérito policial militar para apurar as circunstâncias.

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