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Os médicos residentes de Londrina, Região Norte do estado, aderiram à paralisação nacional da categoria e iniciaram uma greve por tempo indeterminado, nesta terça-feira. Segundo Rafael Lombardi, membro da comissão de greve do Hospital Universitário (HU) e do Hospital das Clínicas (HC), eles querem um reajuste salarial na bolsa de 57%.

Apesar da paralisação, de acordo com a assessoria de imprensa da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o atendimento nos dois hospitais está praticamente normal. Os médicos residentes continuam fazendo o atendimento emergencial e de urgência.

Segundo a UEL, cerca de 50% dos médicos residentes aderiram ao movimento nacional que começou no Rio Grande do Sul e em São Paulo há quinze dias. Mesmo participando da greve, os residentes não deixaram de fazer os atendimentos emergenciais. Nenhuma cirurgia foi cancelada no HU e no HC.

"Não queremos que a população se volte contra nós. O atendimento de emergência não vamos parar. Só os ambulatórios e pacientes que não estiverem em estado grave serão atendidos pelos médicos contratados", afirmou Lombardi, que faz residência em anestesiologia.

O movimente nacional de greve atingiu os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Desde 2001 não há aumento no valor da bolsa que os residentes recebem para trabalhar nos hospitais-escola.

Nesta quarta-feira, a câmara federal aprovou um aumento de 30%, mas apenas os residentes de São Paulo e Pernambuco aceitaram e voltaram ao trabalho. Em Londrina os residentes continuam querendo os 57% de reposição.

De acordo com Lombardi, no HU a bolsa é de R$ 1.404,00, pois eles recebem um auxílio moradia de R$ 380,00. No restante do Brasil a bolsa é de R$ 1.080,00 para trabalhar 60 horas semanais. "Na maioria dos casos esse prazo excede às 80 horas e alguns chegam a fazer 90 horas semanais."

"Queremos esse aumento salarial para se manter como médico e atualizado. Cada livro de medicina custa em média 700, 800 reais. No nosso horário de descanso precisamos procurar outro emprego para conseguirmos nos manter. Queremos esse aumento para termos dedicação total à medicina", definiu Lombardi. Os médicos residentes de Londrina farão uma reunião nesta quinta-feira para definir os rumos da greve.

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