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Greve afeta atendimento nos hospitais; trabalhadores fazem passeata

Uma das quatro UTIs da Santa Casa foi fechada no hospital nesta quinta-feira. Dos 38 leitos do hospital, nove não recebiam pacientes nesta manhã

Os grevistas fizeram uma passeata pela região central de Curitiba na tarde desta quinta-feira | WALTER ALVES / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Os grevistas fizeram uma passeata pela região central de Curitiba na tarde desta quinta-feira (Foto: WALTER ALVES / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

A greve dos funcionários da saúde já afeta o atendimento de hospitais filantrópicos e particulares de Curitiba. A Santa Casa de Misericórdia fechou, na manhã desta quinta-feira (9), uma das quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os grevistas fizeram uma passeata pela região central nesta tarde e se reúnem no Centro de Convenções de Curitiba, para discutir os rumos da paralisação.

A greve da categoria em Curitiba e região metropolitana de Curitiba teve início na terça-feira (7). A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que 40% dos funcionários do setor de enfermagem não compareceram ao trabalho nesta quinta por causa da paralisação.

A maior parte dos grevistas trabalha nas UTIs. Por causa do número reduzido de profissionais, não foi possível fazer o remanejamento para todas as áreas. Dos 38 leitos, nove não recebiam pacientes. Além disso, 30 cirurgias eletivas foram canceladas.

O atendimento à população também foi prejudicado no Hospital Cajuru. Pouco mais da metade das 283 consultas agendadas para essa manhã foi cancelada. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, médicos e enfermeiros foram remanejados para conseguir realizar consultas dos setores de otorrinolaringologia, neurologia, cirurgia geral, as de urgência e as dos casos graves da ortopedia. Os médicos estão trabalhando normalmente, mas faltam enfermeiros e auxiliares.

Havia também restrições ao atendimento dos pacientes encaminhados pelo Siate e pelo Samu ao Cajuru nesta quinta.

No Hospital Pequeno Príncipe, duas das 21 cirurgias eletivas marcadas para a tarde desta quinta-feira foram canceladas por causa da greve. Outras 19 estão previstas e será preciso esperar a troca de turno dos funcionários para saber quantas serão realizadas. Dezesseis procedimentos estavam marcados para essa manhã e nenhum foi cancelado.

De acordo com o hospital, o índice de adesão à greve no Pequeno Príncipe é de 16% (no geral) e de 33,6% no setor de enfermagem nesta manhã.

O atendimento não foi afetado no Hospital Evangélico e no Hospital e Maternidade Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, na manhã desta quinta-feira, segundo as assessorias de imprensa dos hospitais.

O Serviço Social do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana, também não registrou problemas.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, a adesão à greve é de 65% dos colaboradores do Hospital Pequeno Príncipe e variava entre 40 e 50% dos demais nesta quinta-feira.

O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (Sindipar) classificou a greve como abusiva.

Reivindicações

A categoria pede reajuste de 28% nos pisos salariais, reduções de jornada e novas contrações. O sindicato patronal (Sindipar) manteve a proposta de 6,5% de reajuste para os funcionários não vinculados a piso salarial, aumento entre 8,5% e 11,2% nos pisos até janeiro de 2012 e de aumentar em 30% o valor do vale-alimentação.

Rumos da paralisação

No início da tarde, os grevistas deixaram os piquetes montados na frente dos hospitais e seguiram em passeata até o Centro de Convenções de Curitiba, na Rua Barão do Rio Branco. Eles estavam reunidos, por volta das 15 horas, para discutir os rumos do movimento.

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