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Educadores reunidos no Memorial Árabe, no Centro Cívico, na tarde desta quarta-feira (27) | Fabiano Klostermann/Gazeta do Povo
Educadores reunidos no Memorial Árabe, no Centro Cívico, na tarde desta quarta-feira (27)| Foto: Fabiano Klostermann/Gazeta do Povo

A greve dos educadores das creches de Curitiba, chamadas de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), afeta o funcionamento de estabelecimentos em todas as regionais da capital. A informação é do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), divulgado nesta quarta-feira (27), segundo dia de paralisação da categoria. A entidade representativa estima que a maioria dos CMEIs está sem atividades, mas não sabe precisar quantos deles estão com as atividades suspensas.

Por volta das 10h30, um grupo de 1,2 mil pessoas saiu em caminhada da Praça Santos Andrade, causando confusão no trânsito do Centro da cidade, conforme informações da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). Os manifestantes seguiram pela Rua João Negrão até a Rua Marechal Deodoro da Fonseca. Eles pegaram então a Avenida Marechal Floriano Peixoto e contornaram a Praça Tiradentes. Por volta das 11 horas, os manifestantes estavam na Rua Barão do Serro Azul, em direção à Avenida Cândido de Abreu. O grupo chegou à sede do Executivo municipal por volta das 11h45 e passou a bloquear parcialmente o sentido Centro Cívico-Praça Tiradentes da Avenida Cândido de Abreu.

A coordenadora Ana Paula Cozzolino informou que, assim como no primeiro dia, a aglomeração da categoria começou às 8 horas, na Praça Santos Andrade. Após a caminhada até a Prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico, os protestantes almoçam em frente à sede do Executivo municipal. Depois, haveria uma reunião marcada para as 13h30 no setor de recursos humanos da prefeitura. Após esse horário, o sindicato faz uma assembleia para decidir se continua a greve.

"Não vamos abrir mão da pauta e o nosso principal problema é a redução de carga horária. Temos regionais onde o movimento é maior, como em Santa Felicidade, Pinheirinho e Boqueirão. Mas todas as regionais têm creches afetadas. Estamos fazendo as contas, mas para a caminhada de hoje com certeza teremos mais de 2 mil educadores." No total, segundo a prefeitura, 5 mil educadores trabalham em 197 creches de Curitiba.

Durante a terça-feira (27), uma reunião de negociação foi realizada, mas não houve acordo. A categoria admitiu que ocorreram avanços na pauta, mas o principal problema é a redução da carga-horária. Os educadores pedem que a jornada seja reduzida a 30 horas semanais, mas a prefeitura diz não ser possível. O argumento é de que a redução exigiria a contratação de 7 mil novos educadores, o que oneraria a folha de pagamento em cerca de R$ 21 milhões mensais.

A Secretaria Municipal de Educação, via assessoria de imprensa, informou que em apenas três CMEIs não há atendimento. O órgão relata que 35% dos educadores aderiram ao movimento, o que representa 1.765 educadores, de 5 mil. No total, conforme balanço do órgão, 11,6 mil crianças estão em atendimento, de um total de 28 mil. A queda no número de crianças nas creches é explicada pela secretaria pelo fato de alguns pais terem optado por não levar crianças aos CMEIs.

Primeiro dia de paralisação

Segundo a prefeitura, dos cinco mil educadores, 37% aderiram à paralisação nesta terça. Dos 197 CMEIs da rede, 12 suspenderam as atividades por falta de servidores. O sindicato, porém, estima que 70% das creches tiveram paralisação parcial das atividades, assim como 50% dos educadores.

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