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Já atrasadas, as obras de Hospital da Zona Norte (HZN) de Londrina, no Norte do Paraná, estão paradas desde segunda-feira (9), depois que 70 operários entraram em greve contra a empresa Crup, subcontratada da CTO, que venceu a licitação de R$ 5 milhões para ampliar e reformar as instalações da unidade. Os operários permaneceram de braços cruzados em frente ao HZN em protesto contra o atraso nos salários do mês. No Hospital da Zona Sul (HZS), os operários também não receberam, mas permanecem no trabalho.

"Não é a primeira vez que atrasa. O pagamento era para ter saído na sexta-feira e sequer conversaram com os trabalhadores", afirma José Aparecido Martins, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon), que assumiu a negociação. Os salários variam entre R$ 640 e R$ 830. "A situação é ainda mais lamentável porque trata-se de uma obra para a saúde, que já é um caos. Se não pagarem, a greve vai continuar", avisa.

Gustavo Lourenço, diretor da Crup, classificou como "intolerância" a greve dos operários "por apenas um dia de atraso nos salários". "Sei que são pais de família e que é direito justíssimo deles. Mas poderiam ter esperado um pouco mais", afirma. Segundo o diretor, a Crup teve problemas de fluxo de caixa, o que impossibilitou o pagamento. "Vamos regularizar. Por ser uma obra pública, houve essa repercussão toda. No HZS estamos com o mesmo problema, mas lá os operários resolveram aguardar mais. Temos consciência do problema".

De acordo com ele, como a CTO e a Crup só realizam obras públicas, elas dependem de dinheiro de outras construções no Paraná para manter a saúde financeira. "Aqui só entra dinheiro depois de 60 dias do começo de uma obra. Esse é o problema de só trabalharmos com os governos", explica.

Lourenço vem hoje a Londrina para conversar com os grevistas. De acordo com o diretor, a obra deveria ser entregue em 15 de julho, mas como o hospital não podia parar para a reforma e ampliação, o trabalho teve que ser feito com o HZN em funcionamento. "Era para ser tudo junto, mas o que estava previsto não tinha como ocorrer. É impossível reformar e ampliar porque os hospitais prestam 7 mil atendimento por mês e não podem parar".

Até o fim de julho, a Crup espera entregar os prédios novos para acomodar e só então começar a reforma das antigas instalações. Em Curitiba, a diretoria técnica da Secretaria de Obras não retornou as ligações do JL.

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