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Os educadores dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e de programas da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba decidiram manter a greve da categoria, que chega hoje ao 4.º dia. Apesar disso, a expectativa é de que nenhuma creche amanheça fechada, por conta de uma liminar concedida pela juíza Josély Dittrich Ribas, da 3.ª Vara da Fazenda Pública. Ela determina que a categoria mantenha um número mínimo de funcionários que garantam o funcionamento das 156 unidades.

A categoria volta a se reunir hoje em uma assembléia, a partir das 9 horas, na Praça Carlos Gomes, em que será feita a avaliação do movimento. Ontem, o dia foi marcado por divergências de números entre a prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc). Segundo a prefeitura, quatro creches não funcionaram e cerca de 500 crianças com idade entre 3 meses e 6 anos ficaram sem atendimento. Já de acordo com o Sismuc, a greve afetou o atendimento em 26 creches. Ao todo, Curitiba possui 156 CMEIs e 3.839 servidores ativos na categoria.

Reivindicação

Em greve desde segunda-feira, os trabalhadores reivindicam a equiparação salarial com professores municipais que possuem nível de escolaridade equivalente. Na terça-feira, a prefeitura havia proposto que os educadores voltassem ao trabalho e que as negociações salariais fossem retomadas no dia 5 de março – mês da data-base da categoria. Os dias parados, no entanto, seriam descontados do salário. "Não queremos esperar até o dia 5 para negociar e, se a prefeitura quer, então que não desconte esses dias parados", disse a presidente do Sismuc, Irene Rodrigues dos Santos.

Um professor municipal cuja escolaridade é o ensino médio e magistério tem o piso salarial de R$ 597 para trabalhar por quatro horas diárias. Já o educador municipal, que tem formação equivalente, trabalha o dobro do tempo, com um piso de R$ 698. Os grevistas pedem que o piso da categoria seja elevado para R$ 1.194. "Estamos pedindo o que é justo. Exercemos uma função de muita responsabilidade, afinal cuidamos de bebês e crianças pequenas", afirma a educadora Abigail Leite, 35 anos.

De acordo com o secretário municipal de Recursos Humanos, Arnaldo Bertone, a categoria teve importantes conquistas nos últimos dois anos, com reajuste acima da inflação, gratificações e aumento do piso salarial. Os vencimentos dos educadores municipais tiveram aumentos que variam de 38% a 72%, segundo a prefeitura.

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