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Mesmo após determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que 70% da frota do transporte coletivo de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) circulasse no horário de pico hoje, a greve geral da categoria foi mantida, o que deixou caótico o trânsito da cidade.

Os profissionais em greve ficaram em frente às garagens das empresas do transporte coletivo (Rápido D'Oeste, Turb, Transcorp) desde o fim da madrugada.Com isso, o que se viu nas ruas foi um aumento de veículos, especialmente motos, circulando com passageiros. "O movimento hoje está pelo menos 100% maior", afirmou o mototaxista Walter Mieli. A maioria dos pontos de parada de ônibus, por outro lado, estava vazia.

O aumento da procura também fez subir o preço do serviço de mototáxi. Uma corrida que, em média, custa R$ 5, era oferecida em média a R$ 10 no início da manhã.Em pontos como a Via Norte e rotatória Amin Calil, o trânsito teve grande congestionamento de carros e motos. A reportagem percorreu um trecho de apenas 700 m em 30 minutos. A situação se agravou com um acidente entre duas motos, na proximidade da rotatória.No centro da cidade, o trânsito fluiu normalmente no início da manhã, mas piorou depois das 8h.

Aumento

"Não vamos ceder à pressão, até porque funcionar com 70% da capacidade é quase a mesma coisa do que acontece em dias normais", afirma o diretor do Seeturp (Sindicato dos Empregados das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Ribeirão Preto) e motorista Noel Mendes de Araújo.Para Araújo, cumprir a decisão da Justiça anularia qualquer movimento por reajuste salarial da categoria.

Os empregados do transporte coletivo de Ribeirão Preto reivindicam aumento salarial de 15%. O salário atual da categoria é de R$ 1.316,52.

Na última sexta-feira, as empresas ofereceram 6,34% de aumento, atualizando o vencimento mensal para R$ 1,400. Além disso, também ofertaram aumento de 7,5% no vale-alimentação, indo de R$ 400 para R$ 430, e de 10% no prêmio, que era de R$ 251,85 e passaria a ser R$ 277. A categoria não aceitou os valoresLuís Gustavo Guimarães Vianna, presidente do sindicato das empresas de transporte coletivo (Rápido D'Oeste, Turb, Transcorp) disse que a greve deve acabar ainda hoje."Não há necessidade de paralisação porque já instalamos o dissídio. Não vamos conceder aumento maior, qualquer outra negociação será na Justiça, mediante acordo ou ação", disse Vianna.

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