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As 60 agências bancárias de Maringá devem ficar fechadas a partir desta terça-feira (18) por tempo indeterminado. É o que afirma o Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, que explica que todos os 1,5 mil bancários locais devem aderir à greve nacional da categoria para reivindicar reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho.

De acordo com o presidente do sindicato, Claudecir de Souza, o início da paralisação na região deve se concentrar em Maringá. No entanto, a greve deve se estender paulatinamente a outras 21 cidades nos próximos dias.

O movimento é nacional e deve afetar clientes em todo o país. A previsão dos sindicalistas é de que a paralisação seja longa pela falta de negociação entre os trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Entre as reivindicações, os trabalhadores querem aumento salarial de 10,25% (aumento real de 5%), mas os bancos oferecem 6% (aumento real de 0,58%).

De acordo com Souza, todos os serviços de operação em caixa, como operação de crédito, financiamento imobiliário e de automóveis estão suspensos por tempo indeterminado. Já os serviços dos caixas eletrônicos, como consultas de saldo, saques e transferências, serão mantidos normalmente.

O presidente do sindicato salienta que, apesar de depósitos poderem ser realizados normalmente nos caixas eletrônicos, o valor só será creditado com o fim da greve. Por isso, ele recomenda que a população não utilize esse serviço no período de greve, porque o dinheiro poderá ficar acumulado nos terminais de caixas eletrônicos.

Para as demais operações, a população deve procurar correspondentes bancários, como as lotéricas, e serviços on-line oferecidos pelos bancos.

Reivindicações

Os bancários pedem um reajuste salarial de 10,25% (ganho real de 5%); piso salarial equivalente ao calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no valor de R$ 2.416,38 (contra os atuais R$ 1.4 mil); participação de lucros e resultado de três salários mais R$ 4.961,25 fixos; plano de cargos e salários; elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta alimentação, do auxílio creche/babá e da 13ª cesta alimentação; além da criação do 13º auxílio-refeição.

Claudecir de Souza pontua ainda que os bancários solicitam a contratação de mais funcionários e a instalação do horário de funcionamento dos bancos das 9 horas às 17 horas, com dois turnos de funcionários. "Isso melhoraria a qualidade do atendimento à população. Hoje, com o quadro limitado, as pessoas ficam mais de uma hora na fila para serem atendidas." Ele ainda lista a reivindicação do fim das metas abusivas e do assédio moral aos bancários.

Para efeito de comparação, o presidente do sindicato explica que o valor do salário inicial de um bancário brasileiro é U$ 681, enquanto no Uruguai o salário é de U$ 1.089 e na Argentina U$ 1,2 mil. De acordo com Souza, no primeiro semestre de 2012, os seis maiores bancos privados do Brasil alcançaram juntos lucro superior a R$ 26 bilhões. "É uma coisa monstruosa. Não existe paralelo no mundo. Mesmo assim, os banqueiros são resistentes em negociar as condições da nossa categoria."

1. Supermercados, casas lotéricas e postos dos Correios.

2. Pagamentos de contas e tributos a vencer. Pagamentos em atraso deverão ser efetuados no banco emissor do título, ou conforme orientação de cobrança.

3. Contratações de produtos, serviços e linhas de crédito. disponível conforme linha de produtos e serviços de cada banco.

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