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100 manifestantes policiais civis mineiros participaram de uma passeata ontem em Belo Horizonte em adesão à paralisação nacional da categoria. Eles percorreram algumas das principais vias do Centro e fecharam o trânsito na Praça Sete de Setembro, onde foram queimados caixões simbolizando o enterro da segurança no país.

A prometida greve de policiais civis em todo o país por melhores condições de trabalho teve baixa adesão e passeatas pontuais. A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) dizia ter apoio para a paralisação em 13 estados, mas só sete tiveram manifestações. As passeatas reuniram cerca de 1,2 mil agentes, ao todo. No Rio, Minas, Espírito Santo e Bahia, o atendimento ao público foi afetado, mas casos urgentes foram registrados.

A tentativa de paralisação fracassou na capital paulista. De 20 distritos policiais pesquisados pela reportagem, só um não trabalhava em plena capacidade ontem: o 8.º DP (Brás), que, no entanto, fazia o atendimento básico. "Aqui em São Paulo, a gente já tinha noção de que não ia dar certo", diz o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), João Batista Rebouças da Silva Neto.

No Rio, o movimento foi mais forte. Os policiais fizeram duas manifestações. A primeira reuniu apenas seis agentes, na frente da Chefia de Polícia Civil. À tarde, 300 policiais seguiram para a Cidade da Polícia e chegaram a interromper o trânsito nos dois sentidos da Avenida Dom Hélder Câmara, no bairro Jacaré, na zona norte.

A paralisação teve mais efeito em delegacias da zona sul, em bairros como Copacabana, Gávea, Botafogo e Leblon. Nas delegacias desses bairros, diligências foram suspensas e somente ocorrências graves foram registradas, como agressões, roubos violentos, violência doméstica e homicídios.

Em Brasília, cerca de 500 policiais civis tiveram apoio de agentes federais em uma passeata na Esplanada dos Ministérios. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, Flávio Werneck, as carreiras policiais precisam ser modernizadas.

Em Rondônia, o atendimento não foi afetado, mas cerca de 200 policiais participaram de uma marcha no centro de Porto Velho por melhores condições de trabalho. No Espírito Santo e na Bahia, os sindicatos da categoria orientaram os policiais que permanecessem nas unidades atendendo somente os casos emergenciais. As capitais de Alagoas, Amazonas e Paraíba tiveram manifestações com menos de 20 pessoas. O atendimento nas capitais destes estados foi normal.

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