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Decisão dos motoristas e cobradores do transporte coletivo da Curitiba e da Rede Integrada de Transporte (RIT), da noite de terça-feira (25), deixa a capital sem ônibus nesta quarta-feira (26). A paralisação afeta cerca de 2,3 milhões de pessoas que dependem do uso diário dos ônibus.

Veja fotos da greve de ônibus em Curitiba nesta quarta-feira

Leitores compartilham informações sobre greve do ônibus pelas redes sociais. Acompanhe

Sem ônibus, Urbs cadastra veículos para transporte alternativo

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Confira informações sobre a circulação de táxis em Curitiba

Reunidos nas garagens, motoristas e cobradores afirmam que não há linha alguma em circulação na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), além dos ônibus convencionais, também estão sem operar as linhas Turismo, Inter-Hospitais e Aeroporto - tanto a convencional (ligeirinho), como a linha executiva.

Para os grevistas, a orientação do sindicato da categoria (Sindimoc) é manter os braços cruzados indefinitivamente até que as empresas façam uma proposta que agrade aos trabalhadores, o que não havia ocorrido até às 10 horas desta quarta. Algumas as garagens de coletivos tinham os portões bloqueados para impedir a saída. Na garagem do Parolin, onde ficam os veículos da Auto Viação São José, que opera 15 linhas da região metropolitana, um ônibus foi atravessado no portão e teve seus pneus esvaziados para impedir a remoção.

Apesar do ato, o clima é tranquilo nesses locais, sem maiores mobilizações.

O resultado da greve pôde ser percebido desde cedo: várias estações-tubo e pontos sem passageiros, nenhum veículo do transporte coletivo circulando na Rui Barbosa, no Terminal Guadalupe, na Avenida Getúlio Vargas, Rua Alferes Poli e outras vias importantes da capital. Por volta das 6h15, também não havia cobradores nos tubos Água Verde, Sete de Setembro e Alferes Poli e no Guadalupe - pelos quais a reportagem passou entre 6 e 6h30.

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Táxis

Desde a madrugada, as centrais telefônicas de táxi estão congestionadas. Às 11h30, a reportagem tentou entrar em contato com quatro empresas que prestam o serviço. Apenas em uma delas foi possível falar com a atendente. Quantos às outras, a ligação sequer completou.

A empresa que atendeu a reportagem informou que mantém toda a frota em circulação, o que equivale e 240 carros. A quantidade é insuficiente para atender a todos os pedidos, e não estão sendo estabelecidos horários para a busca dos clientes em suas casas. Segundo a empresa, a tendência é de que no horário do almoço aumente ainda mais demanda pelos táxis.

A situação de contato com as centrais telefônicas não mudou muito desde o início da manhã. No período, a reportagem tentou os mesmos contatos e também só conseguiu conversar com uma única central - a mesma do fim da manhã. Para conseguir falar com a telefonista foram necessários aproximadamente cinco minutos de espera.

De acordo com a empresa, por volta das 7h15, toda a frota estava circulando no período, e, apesar dos contatos, também não havia previsão de tempo para que as pessoas fossem buscadas em casa. Na mesma empresa, a fila de espera começou por volta das 5h30.

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Para economizar e agilizar o transporte, uma alternativa para quem precisa chegar ao trabalho é dividir uma viagem de táxi com colegas e vizinhos. É o que fez a auxiliar de serviços gerais Lenir Batista, de 49 anos. Moradora do Sítio Cercado, ela e mais três amigas dividiram o valor de uma corrida até o centro, de onde elas seguiram a pé para seus locais de trabalho para economizar. "Agora vou a pé até perto do [Hospital] Evangélico para economizar um pouco porque não tenho dinheiro", declarou Lenir, que ficou no telefone para conseguir um táxi das 5h30 até as 7 horas.

Pouco antes das 7 horas, na região central, havia táxis em pelo menos dois pontos - nas praças Rui Barbosa e Tiradentes -, porém, não havia passageiros.

Decisão da Justiça não é cumprida O diretor de Transportes da Urbs, Rodrigo Grevetti, afirmou nesta manhã que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) foi notificado da decisão judicial que determinava que 70% dos veículos do transporte coletivo teriam de circular nos horários de pico. A determinação foi expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região (TRT-9ª) ainda na terça-feira. Segundo Grevetti, a Urbs estuda como irá proceder, já que a decisão não está sendo cumprida pelo sindicato da categoria.

A informação sobre a notificação foi confirmada pelo TRT nesta manhã. O tribunal informou que a decisão foi entregue ao diretor do Sindimoc Adão Faria às 17h15 de terça.

No entanto, nesta quarta-feira, o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, garantiu que a entidade não foi informada pela justiça da decisão. "O Oficial de Justiça esteve no sindicato procurando pelo presidente, que estava em assembleia com os trabalhadores. Em nenhum momento ele disse que ia notificar", afirmou. Teixeira disse que o secretário do sindicato não recebeu ou assinou papel algum, e que o Sindimoc tomou conhecimento dos termos da notificação pela imprensa.

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Nesta manhã, representantes da entidade preparavam documentação para uma reunião marcada para 14 horas, no TRT. Segundo Teixeira, o Sindimoc vai contestar a decisão da juíza da Vara do Trabalho de Curitiba, que não teria competência para julgar o assunto. "Acreditamos que uma juíza de primeiro grau não tem competência para impor multas ao sindicato ou determinar o percentual de carros que deve circular. Ela poderia julgar o interdito proibitório. Também vamos contestar a questão referente à competência da Vara do Trabalho de Curitiba sobre o transporte em cidades da Região Metropolitana."

Minutos depois do contato da reportagem com o presidente, o advogado do Sindimoc, Elias Mattar Assad, informou, por telefone, que o sindicato foi notificado da decisão. "A secretaria recebeu, mas, de qualquer forma, o presidente estará no TRT hoje à tarde e será notificado." De acordo com o advogado, a reunião marcada para esta tarde com a vice-presidente do tribunal, desembargadora Ana Carolina Zaina, contará com a presença de representantes da Urbs, prefeitura e classe patronal. "É uma tentativa de negociação. Se houver sensibilidade deles, a greve acaba hoje. Os trabalhadores querem repor as perdas salariais, atualizar o poder de compra, sem perder as conquistas que a classe já tem. Os valores serão negociados, não posso adiantar nada."

Posicionamento das empresas

Em nota oficial encaminhada por meio de sua assessoria de imprensa, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que solicitou força policial para dissolver as barreiras criadas pelos grevistas, que impedem a entrada de pessoas e saídas dos ônibus das garagens. Segundo o órgão, as empresas estão desde a meia-noite com a frota pronta para operar.

O sindicato informou também que aguarda que a determinação da Justiça de manter parte da frota em circulação seja cumprida a fim de que a população trabalhadora e estudantil não seja prejudicada".

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A entidade confirmou que os ônibus madrugueiros não puderam circular para transportar os motoristas e cobradores aos seus locais de trabalho, e que tentou, junto às autoridades e aos sindicatos dos trabalhadores, encontrar uma solução que evitasse a paralisação.

A nota não trouxe, contudo, nenhuma informação sobre possíveis acordos com o sindicato dos trabalhadores.

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