• Carregando...

São Paulo - No início do período mais crítico de atividade das motosserras na Amazônia, quando param as chuvas na região, a greve de fiscais do Ibama iniciada em 12 de abril foi acompanhada de sinais de aumento de desmate da floresta. Das 60 operações planejadas para abril na região, apenas uma saiu do papel. Entre as 56 operações previstas para maio, 30 foram suspensas. "Há uma relação entre o aumento do desmatamento e a greve, que acabou atrapalhando as operações", disse o coordenador de fiscalização do Ibama, Roberto Cabral Borges. "Não dá para mensurar o dano, mas houve prejuízo."

No ano passado, a Amazônia apresentou a menor taxa de desmatamento desde que os satélites começaram a monitorar a floresta, em 1988 -- houve uma queda de 42% em relação a 2008. Neste ano, além da greve, há outras duas preocupações: o já tradicional aumento do desmatamento em anos eleitorais, quando os governos estaduais e as prefeituras afrouxam a fiscalização, e o ritmo mais acelerado da economia, que pressiona a fronteira agrícola no Norte do país.

Para tentar conter o prejuízo, o Ibama decidiu concentrar esforços na Amazônia a partir dos próximos dias. "O número de frentes foi reduzido, mas os parceiros no combate aos crimes ambientais, como a Polícia Federal e a Força Nacional, não pararam", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]