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Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

O comando de greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) cumpriu a promessa e desocupou, ontem de manhã, o Centro de Computação Eletrônica (CCE) da instituição, que estava interditado desde 25 de junho. Mas a saída não significa o fim ou o enfraquecimento da greve, já que as negociações com o governo federal ainda não evoluíram para um acordo.

Com isso, os funcionários prometem intensificar o movimento e invadir, ainda nesta semana, um novo setor da UFPR. Avisaram também que o 17.º Festival de Inverno em Antonina, no litoral do estado, deve ocorrer desde que o comando de greve consiga fazer manifestações durante o evento.

No fim da tarde de ontem, em Brasília, o comando de greve nacional conseguiu avançar em alguns itens da pauta de reivindicações, na quarta rodada de negociações com os ministérios do Planejamento e da Educação. Segundo a coordenadora-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra), Léia de Souza Oliveira, nas próximas duas semanas o movimento deve intensificar suas atividades para forçar uma negociação, mas até agora não há sinais de que a greve deve acabar. "Já conseguimos resolver uma parte significativa do eixo emergencial, só falta detalhar melhor algumas questões em pauta."

Ficou acertado que o governo deve liberar, ainda para o segundo semestre, R$ 90 milhões para a cobertura de planos de saúde dos funcionários. O governo também já prevê para o orçamento do ano que vem um novo valor a ser liberado para os planos de saúde. Outro ponto já resolvido da greve diz respeito a não-absorção do Vencimento Básico Complementar, o VBC. De acordo com Léia, trata-se de um tipo de gratificação que é acrescida ao salário dos funcionários. O VBC foi incorporado ao plano de carreiras em 2004, mas desde então nunca evoluiu ou acompanhou a inflação do ano, por isso acabou congelando os salários em vez de atualizá-los. "Para não termos mais esta redução salarial, ficou decidido que o VBC não será mais absorvido."

O debate sobre transformar os hospitais universitários (HUs) em fundações estatais não deve acabar durante o período de greve. A coordenadora da Fasubra comentou que o governo irá criar um debate nacional sobre o assunto para discutir o caráter, a missão e o papel dos HUs, mas já adiantou que o projeto de fundações, por enquanto, não deve acontecer. A nova rodada de negociações deve ocorrer na semana que vem.

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