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O comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) permitiu ontem que jornalistas visitassem o prédio da reitoria, ocupado desde o dia 8, para provar que o patrimônio público está sendo bem cuidado. No dia em que os servidores entraram na reitoria, uma porta e um pedaço de uma parede foram derrubados. Não há outros danos aparentes. Mas, por causa da greve, estudantes da Cidade Universitária estão há 42 dias sem transporte dentro do câmpus, sem poder almoçar nos refeitórios subsidiados e, em algumas unidades, sem acesso a laboratórios e a bibliotecas bem no fim do semestre.

A reitoria classificou a invasão de seu prédio como um "ato extremo de agressão", mas minimiza o impacto da paralisação – segundo sua estimativa, apenas 5% dos servidores estão parados. Para o Sintusp, mais de 60% da categoria cruzou os braços.

Ontem, em entrevista coletiva, dirigentes do Sintusp atacaram o reitor João Grandino Rodas, que supostamente estaria tentando "privatizar" a USP. "É um reitor perigoso. Nossa luta tem de ser para tirar esse cara aí", afirmou Magno de Carvalho, funcionário da Escola de Comunicação e Artes.

O evento, que pretendia apresentar o movimento grevista de forma mais amigável, acabou expondo também algumas divisões. Ao fim da coletiva, a aluna Liliane Oliveira pediu a palavra para criticar a representante da Associação de Moradores do Conjunto Residencial da USP (Crusp), que falava em nome dos alunos. "Os alunos estão de saco cheio, mas têm medo deles", disse.

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