Grupo de oposição entra com pedido de intervenção no Sindimoc

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Um grupo de associados que faz oposição à atual diretoria do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) entrou na manhã desta quarta-feira (1º) com um pedido de intervenção na entidade junto ao Ministério Público do Trabalho.

O Ministério Público Estadual investiga denúncias de desvio de dinheiro no Sindimoc. Na terça-feira (31), o presidente do sindicato e vereador de Curitiba, Denílson Pires (DEM), foi preso junto com outros dois funcionários da entidade – o advogado e ex-vereador Valdenir Dielle Dias e o tesoureiro Valdecir Boleti.

As eleições do sindicato estão marcadas para o próximo dia 30. O pleito já havia deixado o clima tenso no Sindimoc. Na reunião que aprovou o regulamento das eleições, foi preciso chamar a polícia para controlar uma confusão que se formou.

O vereador Denilson Pires pretendia apoiar o tesoureiro Boleti na disputa. A oposição é liderada por Anderson Teixeira, filho do ex-secretário-geral da instituição, Alcir Teixeira, conhecido como "Zico", que foi morto em janeiro do ano passado ao chegar em casa em uma suposta tentativa de assalto.

Operação Waterfront Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram 17 mandados de busca e apreensão no Sindimoc. Cerca de R$ 120 mil foram recolhidos na sede da entidade e outros R$ 15 mil na casa do tesoureiro do sindicato. A origem do dinheiro não foi explicada às autoridades.

O vereador e os outros dois homens presos cumprem prisão temporária de cinco dias e devem ser liberados no domingo. Pires e Boleti estão detidos no Centro de Triagem II, em Piraquara. Dias está no quartel da Polícia Militar, no Centro de Curitiba. O assessor da diretoria social do sindicato, Márcio Ramos, que era procurado, apresentou-se nesta quarta às autoridades.

O Sindimoc informou que está funcionando normalmente, apenas com algumas dificuldades na área administrativa em razão da falta de alguns papéis que foram recolhidos pelo Gaeco. O Ministério Público deve devolver todos os documentos ao sindicato em até 30 dias.