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Vídeo| Foto: Reprodução/TV Globo

Grupos sociais e políticos contrários à realização do plebiscito que pode legalizar o aborto no Brasil estão organizando uma manifestação pública para o próximo dia 4 de julho na frente do Congresso Nacional, em Brasília. Os organizadores da marcha esperam reunir pessoas de todos os cantos do país. "Queremos expor para o Brasil a inconstitucionalidade deste plebiscito", diz o coordenador do Movimento Nacional em Defesa da Vida, Jaime Ferreira Lopes. Entre os organizadores estão os 189 deputados da Frente Parlamentar em Defesa da Vida. A intenção é tirar da pauta do Congresso a proposta de consulta popular sobre a descriminalização do aborto.

"A vida não pode ser objeto de uma aferição como esta", diz Lopes. "É um contrasenso perguntar à população se ela concorda em matar bebês." A manifestação é um desagravo ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que se manifestou a favor do aborto. "O ministro deveria propor políticas públicas de saúde, como pré-natal e acompanhamento pós-nascimento para as famílias pobres", argumenta. O movimento coordenado por Lopes está articulado em 12 estados. No Paraná, coletou no ano passado o maior número de assinatura de candidatos a deputado federal se comprometendo a não votar em projetos contra a vida. Seis se elegeram, além de um senador.

A manifestação é uma forma de derrubar os argumentos dos lobistas pró-aborto. O governo estaria superestimando números e recorrendo a fontes não autorizadas. A denúncia é do advogado carioca Paulo Silveira Martins Leão Júnior, do médico Herbert Praxedes e do médico Dernival da Silva Brandão. Num dos exemplo, em 2005 o Ministério da Saúde citou a Organização Mundial da Saúde (OMS) para informar que 31% das gestações terminam em aborto no Brasil. Seriam cerca de 1,4 milhão de abortos espontâneos ou inseguros por ano, com taxa de 3,7 para 100 mulheres de 15 a 49 anos. A OMS informou que nunca fez estudo a este respeito no Brasil.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vê com simpatia a manifestação contra o plebiscito. "O aborto é um atentado à vida, a criança tem direito à vida e à morte natural", diz o arcebispo de Botucatu (SP), Aluizio José Leal Penna, que por oito anos coordenou a Pastoral Familiar.A Campanha da Fraternidade de 2008 tratará de temas relacionados à vida, contra o aborto e a eutanásia.

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