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Um grupo de trabalho vai acompanhar, por quatro meses, as obras de ampliação e reforma do Hospital Oswaldo Cruz, principal referência no atendimento a pacientes com doenças infecto-contagiosas em Curitiba. O grupo é formado por representantes de cinco ONGs – Grupo Amigos, Centro Paranaense da Cidadania, TransGrupos Marcela Prado, RNP e Bem Viver –, por funcionários do hospital e Amigos do Oswaldo Cruz. Com o acompanhamento, as entidades pretendem evitar que ocorram novos atrasos nas obras.

A reforma no Oswaldo Cruz teve início em agosto de 2005 e vem sendo constantemente interrompida desde então. Pelo cronograma inicial, os trabalhos deveriam ter sido concluídos há um ano. A última suspensão durou sete meses e a obra só foi retomada no mês passado.

Para Douglas Miranda, presidente do Grupo Amigos, que trabalha com portadores do vírus HIV, a mobilização das ONGs e a criação de um grupo de trabalho foi fundamental para a retomada das obras. "Acho que de um certo modo a sociedade civil até demorou para reagir a essa situação, já que o Oswaldo Cruz é um hospital de referência aos portadores do vírus da Aids. Pensamos até em fazer uma manifestação em frente ao hospital, mas, em reunião com a direção do hospital, vimos que havia gente trabalhando lá", diz.

A reforma diminiu de 30 para 14 o número de leitos no hospital. Os pacientes que não puderam mais ser internados no Oswaldo Cruz foram remanejados para o Hospital de Clínicas (HC) e para o Hospital do Trabalhador (HT). Além disso, segundo Miranda, houve problemas com a alimentação dos pacientes. "Se não fosse a iniciativa de funcionários e pessoas ligadas ao próprio hospital, iria faltar comida", explica.

O diretor do Oswaldo Cruz, o médico Roberto Francisco Hoffmann, confirma a informação, mas afirma que o problema foi pontual. "Houve uma pequena adequação devido ao período eleitoral e ao começo deste novo mandato, mas tudo foi resolvido e acredito que em 90 dias as obras estarão prontas."

Empreiteira

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou nota na qual informa que os atrasos se devem a problemas relacionados com a empreiteira vencedora da licitação para conduzir a obra. Segundo a assessoria, "para prosseguir a obra e garantir que tem condições de dar continuidade aos trabalhos, a Justiça determinou que a empresa deposite um valor como caução em juízo, o que ainda está em discussão".

A secretaria informa também que foram investidos R$ 590 mil na reforma do hospital e que, quando forem concluídas as obras, o Oswaldo Cruz irá contar com 52 leitos e com duas enfermarias especiais para pacientes com tuberculose. Na nota, a Sesa ainda afirma que desconhece eventuais problemas com alimentação no hospital.

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