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Brasília – O ministro da Defesa, Waldir Pires, defendeu ontem a criação de um órgão civil e público para gerenciar o tráfego aéreo comercial no Brasil.

Esse será um dos principais temas de análise pelo grupo de trabalho instalado, coordenado pelo próprio ministro, com o objetivo de propor soluções definitivas para os problemas existentes no controle do espaço aéreo brasileiro. Os militares continuariam responsáveis pelas atividades de defesa do espaço aéreo.

O grupo, que tem representantes dos ministérios da Fazenda, Planejamento, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero (estatal que administra os aeroportos), da Advocacia-Geral da União, Comando da Aeronáutica, dos controladores, das companhias aéreas e dos aeronautas, terá 60 dias para estudar os problemas do setor e apresentar soluções para melhorar o controle do espaço aéreo brasileiro.

O controle da aviação civil fora do comando militar é uma realidade nos Estados Unidos, na Europa e em vários países do mundo, segundo o ministro.

Questionado se a proposta não encontraria resistência entre os militares, Pires afirmou que o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, estava sentado à mesa do grupo de trabalho quando o assunto foi tratado.

Escassez

Pires reconheceu que o problema do controle do tráfego aéreo enfrentado pelo país atualmente é de "escassez" de controladores. Entretanto, o ministro destacou que os controladores aposentados já estão sendo contratados temporariamente para ampliar o quadro de pessoal até que a situação possa ser normalizada.

Já o concurso público para a contratação definitiva de 64 controladores terá de aguardar o prazo previsto na legislação, de 60 dias após as eleições, para ser realizado. A promessa do ministro é a de que a seleção será realizada tão logo transcorra o prazo legal.

Também serão remanejados para o centro de Brasília 18 controladores que atuavam em outras regiões, assim que a adaptação aos equipamentos de controle do centro esteja completa.

O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse ainda "esperar" que todos os controladores estejam empenhados no seu trabalho, para que não haja problemas durante as festas.

"A regularização completa se dá a partir do momento em que nós tivermos o número de controladores maior. Essa é a minha tranqüilidade. A tranqüilidade eu só terei assim. Por isso nós estamos adotando todas as medidas para que o país disponha disso. No momento nós vamos dispor muito da convocação, do empenho, eu diria até do patriotismo para continuar cumprindo o que antes se dava", afirmou.

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