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O grupo Fleury, que comprou dez caixas do medicamento oncológico MabThera da distribuidora Oncofarma - apontada pela polícia como receptadora de medicamentos roubados de hospitais públicos -, informou que cancelou operações comerciais com a empresa e que outros lotes de remédios comprados da mesma distribuidora foram separados para avaliação da Vigilância Sanitária.

Segundo a direção do grupo, cinco pacientes portadores de doenças reumáticas tomaram os medicamentos no Fleury Hospital Dia. Em análise preliminar, os remédios não apresentaram problemas que coloquem os paciente em algum risco. Ainda assim, eles serão acompanhados por médicos do grupo.

"A temperatura dos medicamentos estava normal, não foram detectadas anomalias", disse o presidente do grupo, Mauro Figueiredo. Ele negou que o preço do medicamento comprado estivesse abaixo do valor de mercado - segundo Figueiredo, nos últimos dois anos 48 lotes de MabThera foram comprados por preços que variaram entre R$ 5,1 mil e R$ 5,7 mil. "Cada licitação inclui consulta a pelo menos três fornecedores legalmente constituídos e habilitados a armazenar e distribuir os produtos.

Notificação

Figueiredo afirmou também que o grupo Fleury não tinha conhecimento da prisão do empresário Maurício Rei, um dos sócios da Oncofarma, no mês passado - em uma ação preparatória à Operação Medula, que levou nove pessoas à prisão na sexta-feira. "O grupo não foi notificado formalmente. Se tivesse (sido notificado), poderíamos reavaliar nossos processos de compra. Soubemos das suspeitas somente na sexta-feira."

Em comunicado público, o grupo Fleury afirma que "a última compra efetuada da distribuidora sob investigação ocorreu em 6 de julho de 2009". E que está à disposição para prestar esclarecimentos.

A Oncofarma afirmou que, "em juízo, vai provar que seus negócios estão dentro da legalidade".

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