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Brasília – A Polícia Federal entregou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas documentos segundo os quais a Planam – empresa-mãe no esquema de fraude na compra de ambulâncias superfaturadas com dinheiro do Orçamento da União – teve crescimento considerável no final do governo de Fernando Henrique Cardoso e durante o de Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a PF, o esquema de fraudes nas licitações foi montado em 1999 e começou bem pequeno, numa empresa familiar. Em 2000, a Planam teve uma movimentação de R$ 229,12 mil; em 2001, de R$ 196,58 mil; em 2002, R$ 3,46 milhões. Esse crescimento no último ano do governo de Fernando Henrique, de acordo com integrantes da CPI dos Sanguessugas, ocorreu por causa do caixa 2 dos candidatos.

Em 2003, a Planam movimentou um pouco menos: R$ 3,19 milhões. Já em 2004, houve um crescimento vertiginoso na movimentação da empresa, de R$ 21,2 milhões e, em 2005, R$ 14,4 milhões. Esse estouro, ainda de acordo com integrantes da CPI, ocorreu porque certamente muitos dos que fizeram caixa 2 no esquema das ambulâncias se elegeram e cooptaram outros participantes.

Como o esquema foi mantido, principalmente no Ministério da Saúde, a Planam cresceu e gerou outras.

A Klass, outra empresa do grupo, criada em 2002, começou com R$ 9,2 milhões e pulou para R$ 18,6 milhões em 2003.

A Santa Maria, movimentou R$ 456 mil em 2000; R$ 10,4 milhões em 2001; R$ 28,9 milhões em 2002 e R$ 24,5 milhões em 2003, de acordo com dados que estão com a CPI.

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