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Guarda Municipal durante protesto: proposta mais baixa | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Guarda Municipal durante protesto: proposta mais baixa| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Os agentes da Guarda Municipal de Curitiba decidiram ontem à noite, em assembleia, encerrar a paralisação da categoria depois de oito dias. A greve começou na segunda-feira da semana passada. A decisão foi tomada após nova proposta feita pela prefeitura, que ofereceu um aumento de 19,7%, elevando o piso da categoria de R$ 710 para R$ 850 já a partir do mês que vem. A proposta anterior previa um reajuste maior, de 21,95%, concedido, porém, de forma escalonada.

Apesar da volta ao trabalho, a categoria permanece em estado de greve até que a prefeitura cumpra o compromisso assumido de voltar à mesa de negociação em abril para discutir alguns pontos pendentes, como o plano de carreira, o abono dos dias parados e a extensão do reajuste ao quadro especial da corporação, formado pelos guardas mais antigos, sem o ensino médio. Esses profissionais têm um piso menor, de R$ 639.

"Nada mais justo que um reajuste linear", argumenta a se­­cretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Servidores Mu­­nicipais de Curitiba (Sismuc), Ire­ne Rodrigues dos Santos. "Dessa greve ficou o sentimento de um corpo único da Guarda Mu­­nicipal."

Para Irene, a corporação deu um "salto de qualidade" com o movimento grevista. "A Guarda Municipal volta a se sentir valorizada e respeitada", afirma. "É uma conquista de toda a sociedade, que apoiou nosso movimento. O resultado aparecerá na qualidade do serviço."

Reivindicações

A categoria reivindicava um salário-base de R$ 1,3 mil, a cautela de arma (possibilidade de andar com a arma 24 horas por dia, como os policiais civis e militares), melhorias nos equipamentos públicos onde os guardas estão instalados, auxílio-alimentação, cursos e treinamentos.

No dia 19 de fevereiro, uma decisão judicial de primeira instância chegou a proibir a paralisação, mas os grevistas mantiveram o movimento. O sindicato recorreu da decisão e na semana passada o Tribunal de Justiça do Paraná reconheceu a legalidade do movimento, mas determinou que 70% do efetivo da corporação permanecesse trabalhando.

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