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Em 2005, 92 milhões de brasileiros comparecerem à consulta popular para decidir se a venda de armas deveria ser proibida ou não. Desses, 59 milhões decidiram pela manutenção do comércio. No Rio Grande do Sul, o porcentual dos favoráveis chegou a 86%. A campanha pela manutenção custou R$ 5,7 milhões e foi financiada principalmente por fabricantes de armas.

Apesar de alguns líderes políticos se posicionarem a favor de um novo referendo, no Congresso há proposições que visam ampliar o acesso dos cidadãos, como, por exemplo, a discussão de extensão do porte a outros funcionários públicos que não policiais.

Para o deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR), ex-delegado da Polícia Federal, o crime em Realengo não poderia ser evitado com o desarmamento. Por isso colocar o tema em pauta neste momento é inapropriado. Ele afirma que na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados nenhum parlamentar é favorável a uma nova consulta. O grupo propôs que o Ministério da Justiça premie autoridades policiais que apreenderem armas ilegais.

O criminalista e professor da Universidade Federal do Paraná Juarez Cirino dos Santos argumenta que não existe uma solução simples para o problema da violência. Para ele, não é preciso mais policiamento, e sim investimento em políticas públicas que reduzam a pobreza no país. "A violência individual tem relação direta com a desigualdade social e com a violência estrutural."

Cirino, que é autor de diversos livros sobre o assunto, diz que o Estado deve investir na promoção do ser humano, em ações de emprego, moradia, saúde e educação. "Violência criminal se reduz com justiça social." (PC)

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