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A atração de novos moradores para o Centro esbarra em um problema. De acordo com Clóvis Ultramari, arquiteto, urbanista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a oferta de lotes para novas construções na região é insignificante. Daí que o processo de revitalização não pode se pautar unicamente na renovação da habitação.

"Fazer do Centro um bairro com mais habitação é um processo muito difícil. Não há oferta de lotes e é economicamente inviável demolir um edifício para a construção de outro", explica. Tem-se sucesso, portanto, em projetos pontuais. "Grandes e caríssimos projetos não conseguiram, com a requalificação da área central, garantir a vinda de moradores", contextualiza. Segundo ele, a falha mais marcante ocorreu em Los Angeles, na Califórnia (EUA), onde houve investimento pesado e resultados pífios.

A presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP-PR), Avani Slomp Rodrigues, discorda. "Curitiba tem características diferentes de outros lugares e os curitibanos têm um carinho muito grande pelo Centro da cidade", diz.

O coordenador do programa Marco Zero, Ariel Stelle, vê com bons olhos os novos projetos de habitação. Mas faz a ressalva de que eles contemplam áreas nobres da região; não as mais degradas, que necessitam de investimentos. "Nossa principal preocupação é revitalizar e incentivar investimentos na Praça Tiradentes e no Passeio Público ou nos locais em torno do Terminal Guadalupe até o Mercado Municipal." (TC)

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