Haitiano tem surto psicótico e gera confusão em escola no Boa Vista

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Um haitiano gerou um tumulto na Escola Municipal Professor Ricardo Krieger, no bairro Boa Vista, em Curitiba, durante um surto psicótico, na tarde de quinta-feira (2). Segundo a polícia, ele confundiu o local com o albergue onde vive e procurava a mochila dele. O homem chegou a ameaçar alguns funcionários, mas ninguém se feriu.

A Guarda Municipal foi acionada por volta das 16 horas e encontrou o haitiano bastante alterado, mas sem sinais de uso de álcool ou drogas. Ele gritava no idioma crioulo haitiano e agia de forma violenta, segundo a Guarda.

O homem foi detido e, quando entrou na viatura, chutou o para-brisa traseiro e quebrou o vidro e parte do porta-malas do carro, de acordo com a Guarda. Os guardas tiveram que esperar outra viatura para levá-lo até a polícia. Quando o segundo veículo chegou, o haitiano chutou o para-choque, que também quebrou, segundo os guardas.

Ele foi levado para a Polícia Federal, mas não foi autuado porque não portava nenhum documento. Depois, ele foi encaminhado pelos guardas para o 4º Distrito Policial, no Boa Vista, onde foi autuado em flagrante por dano ao patrimônio público.

O haitiano passou a noite na delegacia e os policiais chamaram dois tradutores para que ele pudesse dar sua versão. "Encontramos dois intérpretes em Agudos do Sul, que vieram aqui para ouvi-lo, mas mesmo assim ele não quis dizer o nome", disse o delegado Vinícius Augusto de Carvalho.

O homem disse à polícia que estava em um albergue desde o dia 30 de julho, que já tinha passado pelo Rio de Janeiro e logo iria para Pato Branco, no sudoeste do Paraná, trabalhar com um primo. Ele também disse que confundiu a escola com o albergue e que queria a mochila dele.

Um padre responsável pelo albergue foi até a delegacia na tarde desta sexta-feira (3) e levou os documentos do haitiano. O sacerdote disse que ele estava em tratamento médico para depressão, o que pode ter gerado o surto.

O haitiano permanece na delegacia e a polícia tenta encontrar o primo dele para buscá-lo. De acordo com o delegado, ele deve ser liberado somente após pagamento de fiança.