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O prefeito Gustavo Fruet recebeu o embaixador do Haiti, Madsen Chérubin, em evento em Curitiba | Jaelson Lucas/SMCS
O prefeito Gustavo Fruet recebeu o embaixador do Haiti, Madsen Chérubin, em evento em Curitiba| Foto: Jaelson Lucas/SMCS

Ontem, o governador em exercício, Flávio Arns, e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, receberam o embaixador do Haiti no Brasil, Madsen Chérubin. Os dois encontros foram pautados pela discussão de pontos considerados importantes para a comunidade haitiana do Paraná, como inclusão no mercado de trabalho, o respeito à legislação trabalhista para os imigrantes haitianos, acesso à educação, cultura e saúde, e a validação dos diplomas haitianos. Após as reuniões, o embaixador participou de um evento organizado pela prefeitura, que promoveu seu encontro com membros da comunidade haitiana de Curitiba.

O encontro, que aconteceu na sede da prefeitura, contou com a presença de autoridades locais e de lideranças da sociedade civil envolvidas com a causa dos imigrantes haitianos. No evento, os imigrantes tiveram a oportunidade de expor suas reivindicações para o embaixador. A maior parte delas foram denúncias de falta de acesso à saúde e falta de segurança. "A saúde, mesmo sendo gratuita, parece discriminar os que não têm dinheiro. Se você não pode contratar um médico particular, vai morrer", queixou-se Anthiocus Charles, um dos imigrantes presentes no encontro.

Outro ponto questionado foi a discriminação e a xenofobia enfrentadas pela comunidade haitiana em Curitiba. Conforme a Gazeta do Povo mostrou, desde julho 13 trabalhadores do Haiti já denunciaram espancamentos sofridos dentro de empresas em que trabalhavam. "Eu tenho conhecimento de parte dos problemas que estão acontecendo aqui", contou o embaixador. "Estamos trabalhando com as autoridades para resolver isso". Mas ele próprio salienta que este não é um problema simples de resolver.

"Muitos haitianos que estão aqui vieram para buscar uma melhora de vida", afirmou o diplomata, agradecendo o apoio do governo e da sociedade civil. "Migrar não quer dizer esquecer a cultura do país, e nós podemos enriquecer a cultura do Brasil". O prefeito Gustavo Fruet afirmou que o desenvolvimento de uma política de integração social e acolhimento para os imigrantes deve se tornar uma das prioridades de seu governo. "Ao mesmo tempo em que a gente cuida do dia a dia, a gente precisa reafirmar que aqui realmente é uma Mãe Gentil", disse o prefeito, referenciando o Hino Nacional. "A única coisa que não admitimos é preconceito e discriminação", afirmou.

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